Inventado há 50 anos, o laser vinha sendo utilizado como armamento apenas em filmes de ficção científica.
A arma real, no entanto, apresenta uma diferença fundamental para os sistemas representados no cinema: como todo laser, o raio é invisível a olho nu.
O CIWS da Raytheon utiliza materiais cerâmicos e vidros para gerar o raio invisível. Em entrevista à BBC, o vice-presidente da divisão de sistemas de mísseis da Raytheon, Mike Booen, disse que o equipamento funcionará como última linha de defesa anti-aérea.
No futuro, acredita, a arma será capaz de neutralizar até mísseis balísticos intercontinentais (ICBMs), utilizados para carregar ogivas nucleares.
Fonte: G1 ( Carlos de Castro - Arquivos do Insólito )
Nota: Já num teste de uma arma idêntica ( THEL ), em 2000, tinha sido abatido um míssil Katyusha.
A britânica Doris Lessing, com 87 anos, é a contemplada com o Nobel da Literatura deste ano. Doris Lessing, descrita pela academia como "um exemplar de experiência feminina que, com cepticismo, fogo e poder visionário, sujeitou uma civilização ao escrutínio", tem uma obra vasta e diversificada.
Lessing começou por dedicar-se, na sua ficção, aos temas do comunismo, com "A boa terrorista" ou "Filhos da violência", por exemplo, para se dedicar depois a uma surpreendente ficção científica, ou espacial, com exemplares como "Formação do Representante do Planeta 8". A sua obra está publicada em Portugal em várias editoras, sendo uma das mais populares escritoras, em paralelo com nomes como Marguerite Yourcenar.
Trata-se de uma das “decisões mais pensadas que já tomamos”, disse o director da Academia, Horace Engdahl, depois de dar a conhecer o veredicto.
A autora esteve entre as favoritas ao Nobel durante décadas, ainda que nos últimos tempos fosse menos referida, precisamente pelo largo número de anos que passaram.
A sua antecessora foi a austríaca Elfriede Jelinek, em 2004, e a primeira mulher a receber este prémio foi sueca Selma Laggerlöf, em 1909.
Doris Lessing nasceu a 22 de Outubro de 1919 em Kermanshah, actual Irão. Filha de pais britânicos, um antigo oficial do exército e uma enfermeira, foi criada no Zimbabwe, pelo que plasmou na sua obra muita da sua experiência autobiográfica em África. As referências ao continente são especialmente visíveis na sua obra “A erva canta” (1950).
In Público
Este Nobel causou algum espanto por cá, ou não estivessemos a falar de uma escritora que teve o herético desplante de escrever ficção científica. Muitos contorceram-se e grunhiram perante a heresia, perante este belo soco nos seus bolorentos estômagos repletos de elevados paradigmas, de saberes inatingíveis, a nata intelectual do literariamente correcto, acima dos gostos vulgares dos comuns mortais. Apenas a custo esconderam a sua reprovação, que foi camuflada entre soluços de surpresa. Houve até aqueles que omitiram essa faceta, para eles vergonhosa, de coisas irreais e imaginativas, como se apenas o miserável e disfuncional sacado ao realismo fosse matéria aceitável. Fosse por cá formado esse júri e a senhora nem sequer ganharia uma medalha de zinco em jogos florais...