Critica a Goor 2 de Carla Ribeiro ( escritora )

17.11.08

Os Livros que me Marcam: Goor- A Crónica de Feaglar

 

"Abriram-se as portas de um mundo novo e eu entrei." Foi este o pensamento que me surgiu na cabeça logo às primeiras páginas desta grande saga da autoria de Pedro Ventura, um livro que me acompanhou durante longos e fascinantes momentos e que não poderia deixar de comentar.

 

Muito se poderia dizer sobre este livro, começando pelo enredo, passando pelas personagens e por toda a constituição do universo onde, subitamente, mergulhamos. E é essa complexidade que nos invade e que nos arrasta para dentro das palavras desde a primeira página, até que, quando chegamos ao fim, (a altas horas da madrugada) ficamos a pensar que acabou cedo demais, porque queríamos continuar a ler.

 

Muito me encantou nesta história, mas tenho que iniciar a minha exploração por algum ponto, por isso vou começar pelos territórios e repectivas raças. Ao entrar neste mundo, deparamo-nos com uma diversidade de espaços geográficos, cada qual com as suas gentes e os seus costumes, todos eles magnificamente descritos e fascinantes na sua multiplicidade. Dentro de cada povo, temos a sua hierarquia, as suas leis e as suas tradições, e, em cada personagem vemos o reflexo da sua gente.

 

O que me leva a outro ponto alto destes livros. Ao longo da história, amamos e odiamos as personagens, cada uma delas profundamente humana e, portanto, com os seus momentos de bondade e de maldade, reflectindo os diferentes graus de cinzento da vida. Pessoalmente, a personagem que mais me marcou foi Feaglar, não só pela sua odisseia épica, mas pela personalidade que reflecte, heróico e nobre, mas ainda assim, humano e passível de falhar. Essa humanidade, que se reflecte também nas restantes personagens e na forma como interagem, fascina pela forma como nos leva a simpatizar e, por vezes, a identificar nas personagens alguns laivos do nosso próprio carácter.

 

Gosto também da forma como a magia e o destino são encarados ao longo da história, a magia como uma força presente, mas subtil e sem exageros, o destino como uma entidade que, não podendo ser ignorada, não se sobrepõe à vontade dos homens, verdadeira força que põe em marcha os grandes momentos da história.

 

Por último, de realçar a profunda complexidade das relações entre as personagens, que, nas suas forças e fraquezas, proporcionam momentos verdadeiramente tocantes, num livro que, mais que uma simples aventura, é um reflexo de emoções, num ambiente que se quer épico, sim, mas que não deixa de ser um sublime espelho da complexidade da mente humana.

 

Concluindo... Li atentamente (ou talvez devesse dizer devorei) ambos os volumes desta história e, tal como, certamente, muitos outros leitores, fiquei impressionada com o talento e a magia que se desprendem ao longo de tão cativantes páginas. Recomendo este livro a todos os amantes do fantástico, mas também a todos aqueles que procuram um livro capaz de fazer sonhar e sentir.

 

Sorri, chorei... e fiquei a desejar mais. Numa palavra: excelente.
 
in O Corvo e a Borboleta por Carla Ribeiro ( escritora )

Goor - A Crónica de Feaglar 2

29.10.08

A tal crónica épica com laivos de fantástico ( adulto ) que alguns se queixam de não encontrarem...

 

 

 

 

 

"Engana-se quem espera encontrar aqui o arquétipo da literatura fantástica. Não há lugar para elfos, gnomos ou anões e, até os poderes sobrenaturais são apenas ferramentas submetidas a uma vontade. Mas, não dispensa os ingredientes próprios deste género literário. Aqui, o maior de todos os poderes é a vontade humana e a sua capacidade para o

pior e para o melhor: o Bem e o Mal não são estanques. As personagens, heróis ou vilões, são sempre seres humanos dotados das mesmas virtudes e defeitos de todos nós. Talvez

seja por isso que os leitores, facilmente, se identificam com esta ou aquela personagens"

in Montijo Agenda
 
"Regresso a Goor, mundo fantástico capaz de fazer corar o Senhor dos Anéis!"
in Correio da Manhã
 

"Por fin chegou ás nosas mans a segunda parte da Crónica de Feaglar. E se me pedides que vola resuma nunha frase, direi-vos que concordo que as segundas partes non son boas, neste caso, son mellores!

O ben  e o mal nunca son absolutos, e personaxes que poden parecer abomináveis nun momento, conseguen gañar a nosa simpatía noutra altura simplemente porque no fondo, e todos sabemos iso, a vida pon-nos en situacións nas que nada do que creiamos é inmutábel.  A grandeza da historia reside, ao meu parecer, neste punto. Porque é unha historia de seres humanos. Non é unha epopeia, é un reflexo do que podería pasar en calquera parte, se eliminásemos os elementos máxicos ou fantásticos.  Non hai vitórias ou derrotas absolutas, e algunhas das vitórias son realmente amargas. Pero iso é algo que só lendo esta crónica pode ser descuberto. Dar mais detalles sería innecesário, coido eu, e podería mesmo romper a máxia da lectura. Polo tanto, amigos, facédeos cun exemplar e sacade as vosas próprias conclusións.

 

Podemos facer duas lecturas diferentes: unha, as aventuras e desventuras duns homes coraxosos loitando por conservar o único mundo que coñecen, e outra, para min mais interesante aínda, as chaves da verdadeira natureza humana, capaz do mellor e do peor. O heroe por excelencia, Feaglar, revélase coma un home coas mesmas fraquezas que calquera outro, que falla ás suas mais férreas conviccións e promesas por ser apenas iso, un home.

in Nova Fantasia ( Espanha )

 
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