Permitam-me reflictir sobre algumas características do género Épico/Fantástico, de um ponto de vista meramente pessoal:

 

 

  • Será que um personagem ou um grupo de personagens "boazinhas" teria realmente o que é preciso para vencer fosse o que fosse? É confortável pensar que uma personagem insuspeita ( um inocente, um ingénuo, alguém com uma aparente inferioridade física, etc... ) se pode tornar subitamente num "herói", mas será isto aceitável?   

 

  • Uma das coisas que sempre me dasagradou no género é a "leveza" com que a guerra é tratada, como se esta não fosse um trágico drama.

 

  • Alan Dean Foster fez a seguinte declaração: "How much research I have to do depends on the nature of the story. For fantasy, none at all." Isto faz-me pensar que ou eu não escrevo Fantasia ( hoje acredito que escrevo essencialmente no género Épico, com um perfume de Fantasia ) ou então que Alan D. Foster já seria suficientemente sábio ao ponto de não necessitar dessa investigação. Para mim, esse critério simplesmente não serve... Não alinho pelo "anything goes". A investigação tem de existir, apenas assume é particularidades diferentes.

 

 

  • Sempre que pesquiso por "Fantasy" ou "Epic" surgem-me imagens ( ver em baixo ) como a desta moça, numa pose guerreira q.b. e extremamente aliviada de vestes, expondo os seus atributos... Não me interpretem mal, pois não sou insensível à beleza feminina, mas não serão estereotipos como este que geram afirmações como a de Alan D. Foster? Alguém acredita que a moça iria combater com tais trajes, em vez de ter juízo e levar levar uma boa cota de malha ou qualquer outro tipo de proteção? E será que aquele mundo aparentemente medievo ( vejam-se os castelos ) teria manicures e cabeleireiras? E o que dizer da sua imaculada condição? Nem um arranhão, nem sujidade, nem a mais pequena amassadela nos adereços? Uma guerreira ou uma modelo dos nossos dias? Bem, talvez seja eu que acordei rezingão...

 

 

 

publicado por sá morais às 10:57