Sozinho...
Sozinho era um.
Era a unidade.
Indivisível.
Era apenas a minha verdade...
Renunciava ao plural,
Repudiava qualquer equação.
Eu era o resultado final
De todas as fórmulas da paixão.
Era um...
Mas desde que te vi
Aprendi a conta de somar
E agora, estando sem ti,
Já não me contenta o singular...
Um...
Quero fugir desta solitária matemática!
Quero a química da sensação!
Deixar de ser formula estática,
Demonstrada pela solidão.
Ainda sou um...
Mas sinto-me uma fracção...
Pois quando te enumerei,
Perdi todo o coração...
Sou um...
Mas talvez...
Talvez dois não sejam uma multidão,
Se dois puderem ser um
E o um fôr esta paixão...
Feaglar 1999