Opinião O Regresso dos Deuses - Rebelião (Blog Morrighan - Sofia Teixeira)

11.04.12

O Regresso dos Deuses - Rebelião 
Pedro Ventura

Editora: Editorial Presença
Colecção: Via Láctea (#95)

Sinopse: Após um longo sono de várias décadas, Calédra, a bela guerreira aurabrana, desperta subitamente para uma realidade que lhe é estranha, um tempo que não é o seu. Antiga rainha dos aurabranos e senhora de um passado obscuro, Calédra, outrora conhecida como a Portadora da Luz, está destinada a protagonizar uma missão quase impossível – salvar o mundo, e muito em particular os humanos, da crescente ameaça representada pelo domínio Holkan. Ao longo desta saga extraordinária, são muitos (e improváveis) os aliados que Calédra vai encontrando, e muitas são também as vezes em que a guerreira enfrenta inimigos terríveis – como Mugar-Abe, o tenebroso regente do reino e aliado dos Holkan – e se vê às portas da morte. Mas o seu espírito singular e inquebrantável promete dar luta aos seus inimigos e cativar-nos desde logo, pela sua determinação, levando-nos a ler com insaciável voracidade as páginas deste épico vibrante.

Opinião: Após as excelentes leituras que foram os dois Goor de Pedro Ventura, este traz-nos agora uma nova obra, inserida no mesmo mundo contudo num tempo bastante diferente.

Dada a separação que houve entre os dois volumes anteriores, que não se encontram à venda, e este, a parte inicial da história acaba por ser uma contextualização histórica e temporal relativamente aos Goor.
Calédra, personagem de grande destaque nos Goor, acorda então passadas algumas décadas sem compreender o porquê de ter sido preservada este tempo todo. Quando toma consciência de si no mundo em que se encontra, não reconhece ninguém e pergunta-se qual será o seu propósito. Quando o compreende, uma mistura de sentimentos contraditórios apoderam-se da bela guerreira, todavia nunca colocando em causa a sua missão.
O seu percurso será doloroso, marcante, muitas vezes ingrato e outras tantas odioso, mas ela sabe que só assim conseguirá salvar os humanos do seu terrível desaparecimento.

Apesar de estar inserido na colecção Via Láctea, 'O Regresso dos Deuses - Rebelião' não é tanto um livro de fantasia enquadrado nos padrões habituais, contendo sim elementos sobrenaturais que lhe dão um toque mais místico.
Outro ponto de ruptura com o fantástico a que estamos habituados, é a caracterização da personagem principal. Ao invés de termos a parte feminina mais fraca em que existe uma masculina claramente dominante que tem como função proteger a mulher frágil, aqui temos uma protagonista em que ela é que está despida de qualquer fraqueza aparente tendo uma personalidade extremamente forte, um carácter determinado e um punho de ferro. Calédra Denaris é sem dúvida uma personagem enigmática, obscura e ao mesmo tempo fascinante na sua frieza em relação ao que a rodeia.
Há também um grupo de personagens, como Advark, Garleana, Marávia e Cartina, nenhuma delas simples, mas que se mantiveram ao lado de Calédra até ao fim, cada um percorrendo a sua própria demanda pessoal.

Sou sincera, apesar de ter gostado mais dos Goor, acho que temos aqui uma obra de um autor português de grande qualidade, que foge de forma determinada ao esterótipo da donzela em perigo que vai ser salva pelo guerreiro forte e musculado. É uma obra quase desprovida de romance pitoresco, indo muito mais além na abordagem ao íntimo do ser humano revendo valores, pondo em causa o que está certo ou errado sendo claro que tudo acaba por depender de uma certa subjectividade do sujeito que interpreta os factos.

Por fim, dou os parabéns ao Pedro Ventura por nunca desistir e finalmente conseguir ter uma obra sua ao dispor de todos e à Editorial Presença por ter apostado num autor cheio de potencial. Gostei.

Desafie os Deuses! Regresso dos Deuses - Rebelião (Editorial Presença)

29.09.11

 

 

 

 

 

 

Regresso dos Deuses - Rebelião! Vai submeter-se ou aceitar o desafio?

 

 

 

 ‎"Decididamente, a colecção Via Láctea ganha originalidade e novo fôlego – o que espero seja só o começo! Recomendado a todos os que gostam do género épico/fantástico e também aos que não gostarem."

 


Andreia Torres

 

 

‎"Cativante, uma história onde todo um conflito de raças e de valores se concentra numa figura que, não o sendo, reflecte simultaneamente o melhor e o pior da natureza humana e que, de um início intrigante a um final que deixa muitas perguntas no ar, nunca perde o interesse, quer pela história, quer pelas figuras que a definem. Muito bom."

Carla Ribeiro

 

 

A Editorial Presença fez uma boa aposta em Pedro Ventura, um autor português possuidor de uma boa capacidade escrita e ideias interessantes. Seria agradável que a editora revelasse interesse em publicar o trabalho anterior, já que não se encontra disponível, assim como na aposta de projectos futuros. 

 

 Sandra Carvalho

 

 Cláudia Sérgio

Pedacinho Literário: opinião sobre Regresso dos Deuses - Rebelião.

27.06.11

O Regresso dos Deuses - Rebelião, Pedro Ventura



Título: O Regresso dos Deuses – Rebelião
Autoria: Pedro Ventura
Editora: Editorial Presença
Colecção: Via Láctea, N.º 95
Nº. Páginas: 390
Sinopse:
Após um longo sono de várias décadas, Calédra, a bela guerreira aurabrana, desperta subitamente para uma realidade que lhe é estranha, um tempo que não é o seu. Antiga rainha dos aurabranos e senhora de um passado obscuro, Calédra, outrora conhecida como a Portadora da Luz, está destinada a protagonizar uma missão quase impossível – salvar o mundo, e muito em particular os humanos, da crescente ameaça representada pelo domínio Holkan. Ao longo desta saga extraordinária, são muitos (e improváveis) os aliados que Calédra vai encontrando, e muitas são também as vezes em que a guerreira enfrenta inimigos terríveis – como Mugar-Abe, o tenebroso regente do reino e aliado dos Holkan – e se vê às portas da morte. Mas o seu espírito singular e inquebrantável promete dar luta aos seus inimigos e cativar-nos desde logo, pela sua determinação, levando-nos a ler com insaciável velocidade as páginas deste épico vibrante.
Opinião:
Que espantosa surpresa.
Pedro Ventura vem reafirmar a naturalidade e qualidade escrita que corre nas veias de muitos escritores nacionais. Aventurando-se na fantasia épica, o autor apresenta uma obra delicadamente estruturada e robustecida por uma protagonista de peso – Calédra. Não tendo nada a ver com comuns personagens principais femininas encontradas, cada vez com maior frequência, em muitos romances do género fantástico – e não só épico –, Calédra destaca-se pela sua personalidade firme, espírito rebelde e mente ousada, indomável.
O Regresso dos Deuses – Rebelião trata-se de um romance épico de grande qualidade, escrito de forma belíssima, ora apresentando momentos de uma paixão incrível ora focando-se no caminho seguido pelos personagens e na ambiência cénica, que serve de “apresentação” ou início, de uma vertiginosa aventura à qual, dificilmente, o leitor conseguirá resistir.
Após décadas de um sono intenso, Calédra acorda para uma realidade totalmente desconhecida, claramente bastante diferente da sua. Sem compreender por completo o porquê de se encontrar onde se encontra, Calédra passa por todo um processo de consciencialização perante um presente estranho e um abandono inevitável por parte daqueles que outrora conhecera. E é somente depois de compreender o real propósito do seu acordar que ela leva em atenção a concretização da sua missão, embora com uma mistura interessante de sentimentos contrários pelo meio. Corajosa, audaciosa e arrojada, Calédra não olhará a meios para atingir o seu fim, que se define pela simples premissa de ter de salvar o mundo de uma ameaça invulgarmente forte.
Pedro Ventura criou em, O Regresso dos Deuses – Rebelião, um enredo curioso e complexo que, embora inicialmente possa não agradar por completo ao leitor, a verdade é que este, quando dá verdadeiramente conta do correr das páginas e do fluir da leitura, já não consegue mais largar o livro. Sem dúvida, o foco de destaque vai para a personagem principal. A sua peculiar força e atracção agarram o leitor de tal maneira que este encontra nela um escape da rotina fantástica que caracteriza as mulheres como flores frágeis e quebradiças, normalmente eternamente apaixonadas e ansiosas por um futuro impossível. É nesta primeira quebra com o comum que Pedro Ventura capta a atenção do leitor, e ainda que não estejamos perante um clássico da literatura ou uma grandiosa obra, a verdade é que O Regresso dos Deuses – Rebelião mostra um primeiro contacto prometedor e cativante, que cria expectativas no leitor e que, principalmente, posteriormente as cumpre, deixando uma espécie de formigueiro irrequieto quando finalmente se atinge o fim e se encontra uma promessa de algo mais... de algo extraordinário.
Indo contra as normas de um romance entre duas personagens que caracteriza todo o avançar de uma obra, Pedro Ventura decide antes salientar os valores e os sentimentos mais profundos que constituem as personagens ao invés de envolver toda uma ambiência romântica em torno de uma aventura intricada e perigosa. Assim, a narrativa mostra-se desprovida daquela primeira impressão excessivamente enjoativa e previsível para dar asas a uma criatividade heróica e inesperada.
Diferente. Ambicioso. Eloquente, O Regresso dos Deuses – Rebelião é o tipo de livro que qualquer aficionado por fantasia épica deveria experimentar. Lá por ser português não é motivo para se passar ao lado ou para se julgar sinónimo de pouca qualidade, muito pelo contrário. Tratando-se de uma obra nacional, é de enfatizar a importância para o reportório português que obras deste carácter têm. Caso a sinopse lhe tenha surtido interesse, aventure-se; caso não, aventure-se de igual forma. Valerá a pena. 

Review do livro "O regresso dos Deuses: Rebelião" - Illusionary pleasure

27.06.11
Há leituras que podem vir em tempos bastante ingratos, há outras que comparando com outros livros até podem ser surpresas agradáveis. Depois de Le Guin, li mais dois livro da Karen Moning para desligar o cérebro e voltá-lo a activá-lo quando pegasse no próximo livro. Penso que se não o tivesse feito, o desgraçado do livro “Rebelião” (vamos chamar assim que o original é maior) sofreria críticas mais cruéis. Primeiro deixem-me literalmente explodir de alegria por ver finalmente um livro de Fantasia com um a personagem, que para a maioria das pessoas deve ser detestável.

Para mim, é com agrado que vejo uma mulher, escrita pela mão de um homem, a conseguir um balanço muito bom entre a guerra e a arte de matar, aliado à personalidade marcante. Pedro Ventura construiu Rebelião à imagem e semelhança de Cáledra. Tudo foca na sua pessoa, e sem ela o livro termina. Esta importância resulta tanto num afastamento por parte do leitor que poderá não simpatizar com a personagem principal, como pode devorar as páginas completamente enamorado da sua frescura.

Ao longo do livro deparei-me com uma questão “Se retirarmos Cáledra, o que resta do livro?”. Existem várias raças/ povos, bastantes discussões políticas provavelmente exploradas nos dois livros anteriores. Contudo e devido à dificuldade de acesso penso que o leitor sofre de uma falta de background história e sobretudo racial importante. Imaginar um dhorian ou um audhorians. O que me leva a outro problema – os nomes que para ler parece que estamos a invocar o demónio. Eu sei que a Fantasia implica por vezes nomes esquisitos, e não é a mesma coisa ler um Artur a dizer “Irei esventrar-te”, ou um tipo chamado Ghaleas (não sei se este nome apareceu no livro, só memorizei quatro nomes). Existem tantos nomes esquisitos em Portugal, principalmente nas aldeias, que acho engraçado estarmos por vezes a recuperar essas origens mais obscuras, do que ir buscar a outro sítio. Outro acontecimento curioso foi o facto de muitos dos aliados da Portadora da Luz aliarem-se a ela devido a visões. Se muitos desconfiavam da sua Capitã e até a chamavam de louca, achei engraçado que muitos só se juntavam porque tinham tido visões.

O problema de Rebelião será também a descendência do livro anterior. Supostamente alguém tenta matar Calédra, mas quem? Embora esta pergunta seja quase o ponto de partida do livro a meio a história sofre tanta volta e rumo próprio, que a Portadora da Luz nem quer saber quem a matou. Quando a trama começa a adensar, a personalidade de Calédra afrouxa e o único romance que há no livro é pobre. Curiosamente tive a mesma sensação ao ler “A game of thrones” onde a parte afectiva não era explorada. Quando assisti à apresentação do livro, este aspecto já tinha sido tratado e estava consciente que não haveria romance, contudo o par que se forma é tratado com demasiada brevidade. Uma pessoa quando lê um livro precisa também de sentir algo, não apenas amor/ódio pela personagem principal.

O erro e a virtude de Rebelião está em Calédra.

O autor merece de igual “kudos” não só por ter usado poucas descrições, como também por não ter feito Infodump à bruta. Muita informação a própria Calédra descobria nos livros e é uma forma diferente de introduzir o passado sem ser através do narrador Todo-Poderoso. Vale a pena ler “Rebelião”, especialmente para aqueles que tiveram oportunidade de ler “As crónicas de Fealgar” e claro que o fim do livro grita por uma sequela. Poderá ser que no próximo as raças e histórias sejam mais desenvolvidas, visto que foi este o único ponto fraco.

Passatempo II "O Regresso dos Deuses - Rebelião" de Pedro Ventura

31.05.11

 

 

 

Para concorrer a este passatempo e habilitar-se a ganhar um exemplar de Regresso dos Deuses - Rebelião, siga o LINK

Opinião: "O Regresso dos Deuses - Rebelião" de Pedro Ventura no blog MORRIGHAN

31.05.11

O Regresso dos Deuses - Rebelião 
Pedro Ventura

Editora: Editorial Presença
Colecção: Via Láctea (#95)

Sinopse: Após um longo sono de várias décadas, Calédra, a bela guerreira aurabrana, desperta subitamente para uma realidade que lhe é estranha, um tempo que não é o seu. Antiga rainha dos aurabranos e senhora de um passado obscuro, Calédra, outrora conhecida como a Portadora da Luz, está destinada a protagonizar uma missão quase impossível – salvar o mundo, e muito em particular os humanos, da crescente ameaça representada pelo domínio Holkan. Ao longo desta saga extraordinária, são muitos (e improváveis) os aliados que Calédra vai encontrando, e muitas são também as vezes em que a guerreira enfrenta inimigos terríveis – como Mugar-Abe, o tenebroso regente do reino e aliado dos Holkan – e se vê às portas da morte. Mas o seu espírito singular e inquebrantável promete dar luta aos seus inimigos e cativar-nos desde logo, pela sua determinação, levando-nos a ler com insaciável voracidade as páginas deste épico vibrante.

Opinião: Após as excelentes leituras que foram os dois Goor de Pedro Ventura, este traz-nos agora uma nova obra, inserida no mesmo mundo contudo num tempo bastante diferente.

Dada a separação que houve entre os dois volumes anteriores, que não se encontram à venda, e este, a parte inicial da história acaba por ser uma contextualização histórica e temporal relativamente aos Goor.
Calédra, personagem de grande destaque nos Goor, acorda então passadas algumas décadas sem compreender o porquê de ter sido preservada este tempo todo. Quando toma consciência de si no mundo em que se encontra, não reconhece ninguém e pergunta-se qual será o seu propósito. Quando o compreende, uma mistura de sentimentos contraditórios apoderam-se da bela guerreira, todavia nunca colocando em causa a sua missão.
O seu percurso será doloroso, marcante, muitas vezes ingrato e outras tantas odioso, mas ela sabe que só assim conseguirá salvar os humanos do seu terrível desaparecimento.

Apesar de estar inserido na colecção Via Láctea, 'O Regresso dos Deuses - Rebelião' não é tanto um livro de fantasia enquadrado nos padrões habituais, contendo sim elementos sobrenaturais que lhe dão um toque mais místico.
Outro ponto de ruptura com o fantástico a que estamos habituados, é a caracterização da personagem principal. Ao invés de termos a parte feminina mais fraca em que existe uma masculina claramente dominante que tem como função proteger a mulher frágil, aqui temos uma protagonista em que ela é que está despida de qualquer fraqueza aparente tendo uma personalidade extremamente forte, um carácter determinado e um punho de ferro. Calédra Denaris é sem dúvida uma personagem enigmática, obscura e ao mesmo tempo fascinante na sua frieza em relação ao que a rodeia.
Há também um grupo de personagens, como Advark, Garleana, Marávia e Cartina, nenhuma delas simples, mas que se mantiveram ao lado de Calédra até ao fim, cada um percorrendo a sua própria demanda pessoal.

Sou sincera, apesar de ter gostado mais dos Goor, acho que temos aqui uma obra de um autor português de grande qualidade, que foge de forma determinada ao esterótipo da donzela em perigo que vai ser salva pelo guerreiro forte e musculado. É uma obra quase desprovida de romance pitoresco, indo muito mais além na abordagem ao íntimo do ser humano revendo valores, pondo em causa o que está certo ou errado sendo claro que tudo acaba por depender de uma certa subjectividade do sujeito que interpreta os factos.

Por fim, dou os parabéns ao Pedro Ventura por nunca desistir e finalmente conseguir ter uma obra sua ao dispor de todos e à Editorial Presença por ter apostado num autor cheio de potencial. Gostei.

Opinião: “O Regresso dos Deuses – Rebelião” de Pedro Ventura (por Vítor Frazão)

19.05.11

Não tendo lido “Goor – A Crónica de Feaglar” volumes I e II, o meu principal receio ao pegar em “O Regresso dos Deuses – Rebelião” foi que isso fizesse diferença (embora já me tivesse assegurado que não). Felizmente, depressa descobri que embora a narrativa desperte alguma curiosidade sobre as obras anteriores (aliás, sobre todo o universo literário em questão) a leitura destas não é um pré-requisito necessário para a apreciar.

 

Embora seja imediatamente identificada com high fantasy, “O Regresso dos Deuses – Rebelião mantém-se longe dos clichés e insere elementos novos, o que lhe confere originalidade, nomeadamente temas que são mais habituais em ficção científica do que em fantasy, evitando ao mesmo tempo uma transferência entre os géneros (tentativas que por vezes podem descambar em resultados que “não são carne nem peixe”, o que felizmente não foi o caso).

 

Contrariando uma tendência que infelizmente tem vindo a fazer sentir o seu peso dentro do fantástico (mandando às urtigas décadas de evolução), em “O Regresso dos Deuses – Rebelião” temos uma protagonista feminina forte. Quando digo forte não estou a falar apenas de uma pirralha com um pouco de atitude e uma língua afiada, nem de uma lutadora semi-nua com mais curvas do que cérebro, mas uma verdadeira guerreira, cujo valor vem de efectiva força física e psicológica. Sim, Calédra é bela, como vários personagens o afirmam, porém, o seu aspecto não tem qualquer peso face aos actos, nem é utilizado como uma vantagem.

 

Calédra Denaris é poderosa, tanto que, por vezes, se torna difícil identificarmo-nos com esta irascível e arrogante rufia possuidora de capacidades sobrenaturais, todavia, ao mesmo tempo, vemos ocasionais momentos de fraqueza e dúvida que revelam um ser além da mera máquina de guerra, da salvadora que fará o que for preciso para defender o mundo do domínio dos Holkan.

 

Em redor desta guerreira temos um conjunto de personagens secundárias que, tal como a protagonista, são pintadas com tons de cinzento, o que lhes fornece uma refrescante ambiguidade moral (que nem sempre vemos obras de high fantasy) e também preparou o terreno para algumas surpresas.

 

O único senão da obra é a ausência de descrições mais pormenorizadas, o que dificulta a visualização física de certas personagens, não obstante, também compreendo que a introdução de tal elemento poderia ter prejudicado o ritmo da narrativa.

 

Em suma, uma boa leitura, que não desiludiu (risco sempre presente quando criamos expectativas).      

O Regresso dos Deuses: Rebelião - Resenha ( I Dream in Infrared - Rogério Ribeiro )

15.05.11

"Coloquemos desde já as cartas em cima da mesa: O Regresso dos Deuses – Rebelião (2011, Editorial Presença), de Pedro Ventura, é um livro que um leitor ou adora ou odeia. Isto porque a obra, transcendendo as suas qualidades e defeitos, é movida por uma escrita tão intensa e visceral, por vezes extremamente desapaixonada, outras vezes exactamente o oposto, que não deixa espaço à indiferença.


Calédra, antiga rainha dos aurabranos, é acordada após um sono de décadas, qual Merlin destinado a ressurgir no momento de maior necessidade. Mas aqui começa também o calvário desta personagem: as expectativas de um mundo pesam sobre esta guerreira singular, mas ainda desorientada perante a nova era. A reacção não poderia deixar de ser intempestiva; de vontade férrea, aceita a sua responsabilidade, mas nos seus próprios termos.

Crescentemente, Calédra torna-se um “buraco-negro” que condiciona amigos e inimigos. Para além disso, é esta a personagem que marca todo o livro, e é ela que o carrega do princípio ao fim. Dona de uma personalidade indomável, revelando-se muitas vezes prepotente, arbitrária, ou apenas moralmente alheada, Calédra demonstra uma aposta de Pedro Ventura em criar uma protagonista em tudo diferente do molde já batido da comum fantasia épica.
Aliás, também o arco de história, que engloba mais do que este livro, deixa, principalmente na figura dos endeusados Holkan e da sua relação com Calédra, pistas que remetem esse mesmo registo de fantasia épica para um suspeito véu colocado sobre a nossa percepção da realidade.

Toda a narrativa está bem construída (para um volume que funciona como introdução a uma obra mais vasta), mas assenta fortemente na aceitação do leitor em se tornar em mais um dos seguidores indefectíveis de Calédra. Sem essa “submissão”, que o autor consegue lograr pelo arrojo com que impõe a protagonista, imagino que a leitura seja dificultada. Com uma escrita adulta, e um enredo que muito se aproxima de um espírito quase shakespeariano, Pedro Ventura faz poucas concessões ao facilitismo, ocupando uma posição na actual literatura fantástica nacional que, apesar de não esvaziada de executantes, era urgente reforçar.

A linguagem utilizada poderá revelar-se outro ponto de ruptura. Assumidamente grandiloquente, poderá para alguns leitores ser insuportavelmente pomposa. Verdadeiramente, o nível de tolerância é marcado pela imersão que o leitor ser permitirá ter na história. E esta limitação inicial acaba por ser uma mais-valia para o seguimento da leitura; quer quando existem alguns episódios cuja exposição está menos conseguida, quer quando as atitudes das personagens dificultam a manutenção de empatia ou identificação do leitor com as mesmas. Mas para quem lá chegar, a leitura já se terá tornado compulsiva.

Apresentando-se como um (re)início ambicioso, e deixando no final das suas páginas a promessa de maiores revelações num volume vindouro,Regresso dos Deuses – Rebelião marca, em boa hora, a “descoberta” de Pedro Ventura pelo grande público. Estão de parabéns o autor e a editora, por esta honrosa adição à colecção Via Láctea."

Opinião sobre Regresso dos Deuses - Rebelião no blogue Tales of Gondwana

15.05.11
Opinião: O enredo inicia-se com o despertar de Calédra, para quem o longo sono forçado se assemelhou mais a um doloroso cárcere. Inicialmente amargurada e crente de que aquele tempo não era o dela, é notável a evolução da personagem até ao momento em que o inverso se faz sentir – algo que decorreu sem atropelos, no seu devido tempo.
Fiquei com a sensação de que mais do que a história da revolução de um povo contra aquilo que seriam os primórdios de uma ditadura, trata-se de dar a conhecer Calédra, uma personagem complexa e intrínseca, que se encontra bem longe da ideia convencional de heroína. Aliás, mais do que uma heroína, ela é uma líder, acartando consigo tanto as virtudes quanto as atrocidades.
Por outro lado, senti que houve uma certa falta de atenção em relação às restantes personagens. Eles têm conteúdo, personalidade distintas, passados que as atormentam, factos que nos são ditos e outros que se deixam adivinhar… E ainda assim, estava constantemente com a sensação de que faltava algo. Talvez um maior aprofundamento das suas sensações, que por vezes surgiam apenas no papel, mas falhavam em serem transmitidas ao leitor… Ou talvez seja um problema apenas meu, não sentido por outros possíveis leitores. Tenho consciência de que essa hipótese não é inválida.
Quanto à narrativa, não me agradou o modo como foi descrita a sucessão dos acontecimentos, e em algumas alturas o autor poderia ter oferecido mais pormenores, envolvendo mais o leitor. Estas são, contudo, as únicas coisas negativas que tenho a apontar.
Por fim, é de ressaltar o pormenor de que não foi seguida a linha de “os maus são esta raça e os bons aquela” que tantas vezes se vê e que tanto me tem feito torcer o nariz. Apesar da existência de várias raças, e de haver uma natural maioria para um lado ou para o outro, cada um deles é tratado como uma cabeça independente, que mesmo com as ideologias e crenças que lhes são naturais, fazem as suas escolhas dependendo mais no modo de pensar que na raça a que pertence. Ademais, a narrativa não é exactamente “o bem contra o mal”, assemelhando-se muito mais às realidades que marcam a História do nosso próprio mundo.   

Vencedora do passatempo - Regresso dos Deuses - Rebelião!

07.05.11

E o nome da vencedora do passatempo Regresso dos Deuses - Rebelião é:

Joana Constança Passão, Vila Real (nº52)

 

Muitos Parabéns Joana! Serás contactada para o teu mail e o livro autografado será enviado para a tua morada.
Obrigado a todos os que participaram e mantenham-se atentos pois O Regresso dos Deuses - Rebelião continuará a ter passatempos na internet.

Passatempo "O Regresso dos Deuses - Rebelião" no Blog Morrighan

06.05.11

Passatempo "O Regresso dos Deuses - Rebelião" de Pedro Ventura




Tenho um exemplar para oferecer, em parceria com aPresença, a quem responder correctamente às perguntas do formulário. As condições em si são as seguintes:
- O passatempo termina às 23h59 do dia 12 de Maio de 2011
- Só será permitida uma participação por pessoa
- Só serão permitidas participações de Portugal
As respostas podem ser encontradas aqui.

 

 

Para concorrer a este passatempo, siga o LINK

O Regresso dos Deuses - Rebelião (opinião de As Leituras do Corvo - Carla Ribeiro)

03.05.11

Inconsciente de como o seu mundo mudou ou até de como exactamente sobreviveu à passagem do tempo, Calédra Denaris desperta de um sono demasiado longo. E o mundo que descobre em seu redor é-lhe completamente desconhecido. Sem nada de seu e com muito que assimilar, a orgulhosa guerreira terá de encontrar um caminho em direcção às suas respostas, ao mesmo tempo que, perante tudo o que mudou na hierarquia e nos princípios do mundo, se descobre no papel de defensora para uma raça que não é a sua.
Há algo de cativante e de particularmente fascinante na forma em como, desde as primeiras páginas, a personalidade de 
Calédra
 se revela em toda a sua peculiar força. Heroína improvável, não por fragilidades que tenha, mas por uma posição algo afastada da clássica figura heróica, 
Calédra
 surge como uma personagem que, sendo ambígua em certos aspectos (as suas acções tanto podem ser gloriosas como censuráveis), é, contudo, quase inabalável nas suas certezas e convicções. Com um temperamento difícil, uma aparente falta de sensibilidade e uma certa medida de arrogância, pareceria, à primeira vista, uma figura pouco merecedora de empatia. Mas não é isso que acontece. Através das sombras de um passado tenebroso, de um lado mais sensível que a armadura da guerreira impassível dificilmente poderia deixar prever e de um longo e duro caminho de redenção, 
Calédra
 revela-se fascinante precisamente porque raramente é completamente transparente. Nem bem, nem mal, mas um ponto algures entre ambos.
Também a história cresce à medida que a complexidade da sua protagonista vai sendo mais e mais desenvolvida. O que começa por ser, de certo modo, um caminho pessoal na assimilação de um mundo em colisão com o passado, torna-se um conflito mais global e indispensável, já que as ameaças estendem-se a alvos bem mais vastos que a guerreira. E é por isso que a história envereda mais e mais por um caminho de lutas e conflitos, sendo inclusive as principais relações entre personagens exploradas neste contexto.
Também no que toca a personagens secundárias há uma certa imprevisibilidade e é no caso de Delkon que as revelações se tornam mais surpreendentes. Surgindo como pouco mais que um jovem sonhador, o dhorian revela-se como uma figura bastante mais intrigante do que poderia parecer e, ainda que a sua história pareça terminar de uma forma um pouco brusca, o facto é que é ele o centro de uma certa perturbação no rumo dos acontecimentos.
Cativante, uma história onde todo um conflito de raças e de valores se concentra numa figura que, não o sendo, reflecte simultaneamente o melhor e o pior da natureza humana e que, de um início intrigante a um final que deixa muitas perguntas no ar, nunca perde o interesse, quer pela história, quer pelas figuras que a definem. Muito bom.

Passatempo - Regresso dos Deuses - Rebelião

28.04.11

O blogue Voz de Celénia tem para oferecer um exemplar autografado do livro O Regresso dos Deuses - Rebelião, de Pedro Ventura. Para participar basta responder às seguintes questões:

1. Como se chama a protagonista deste livro?
2. Em que colecção da Presença se encontra incluído este livro?

Regras do Passatempo:
- O passatempo decorrerá até às 23:59 do dia 5 de Maio. Respostas posteriores não serão consideradas.
- Para participar deverão enviar as respostas para noctis2006@sapo.pt, juntamente com os dados pessoais (nome e morada completos);
- O vencedor será sorteado aleatoriamente entre as participações válidas;
- Os vencedores serão contactados por email e o resultado será anunciado no blogue;
- Só se aceitarão participações de residentes em Portugal e apenas uma por participante e residência.

O Regresso dos Deuses - Rebelião

25.04.11

 

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O Regresso dos Deuses - Rebelião

Sinopse: Após um longo sono de várias décadas, Calédra, a bela guerreira aurabrana, desperta subitamente para uma realidade que lhe é estranha, um tempo que não é o seu. Antiga rainha dos aurabranos, Calédra está destinada a protagonizar uma missão quase impossível - salvar o mundo e os humanos da crescente ameaça do domínio Holkan. Ao longo desta saga extraordinária, são muitos os aliados que Calédra vai encontrando, e muitas as vezes em que enfrenta inimigos terríveis e se vê às portas da morte. Mas o seu espírito inquebrantável promete dar luta aos seus inimigos e cativar-nos desde logo, levando-nos a ler com insaciável voracidade as páginas deste épico vibrante.
Adquira o livro AQUI

O Regresso dos Deuses – Rebelião (opinião - The Tale of the Bamboo Cutter)

25.04.11

Começando pelo aspecto formal, torna-se claro que ocorreu uma clara melhoria em relação às Crónicas de Fiaglar. A linguagem tornou-se mais fluída, abandonando um certo “lirismo” excessivo, por vezes demasiado cansativo na narração e descrição. Nota-se uma revisão cuidada.

Voltam a não restar dúvidas – não se trata de fantasia nem de realismo mágico, antes de  fantastique  - o elemento “sobrenatural” não “encaixa” na normalidade e se existe, está distante de ter uma explicação que se restrinja à dogmática simplicidade de “naquele mundo ser assim e pronto”.

Numa altura em que a maioria dos romances de fantástico incorporam um esqueleto constituido pelo modelo nuclear do enamoramento (mais ou menos doentio e disfuncional) das personagens principais – geralmente a tontinha virginal perdida de amores pelo Adónis de serviço, misturada num enredo onde surge a repisada dicotomia Bem vs Mal, Pedro Ventura tem a audácia de abdicar de ambos os ingredientes. A protagonista volta a ser uma mulher: a die-hard Calédra (mistura explosiva entre Ripley e Mai Bhago), personagem mais interessante e elaborada dos Goor. Pragmática, complexa e insubmissa, Calédra Denaris surge num patamar semelhante às personagens de Lin Carter ou Anne McCaffrey e coloca-se assim nos antípodas das fotocópias das Bellas no mercado, felizmente! Daí não entender perfeitamente a sinopse do Livro que me parece mais preocupada com um certo “mercantilismo” do que com a história em si. Pouco importa, por exemplo, que a protagonista seja “bela”(como odeio o rótulo!) e não estamos propriamente numa cruzada pela salvação de um mundo, antes perante uma “opção” muito menos linear. Uma sinopse de tentar vender “lebre por gato” é certamente questionável, no mínimo!

A primeira parte do livro ainda vive numa espécie de “dependência” dos Goor. Exemplo disso é o surgimento de uma personagem let me tell you what hapenned que me parece forçada e que geralmente dispenso. A “muleta” é em parte explicável pelo facto de não ser possível encontrar os livros anteriores, apesar de isso não ser de todo necessário. É, porém, curioso que a protagonista chegue a ser jocosa em relação a este facto, o que nos leva a pensar que, pelo menos, não se tratou de um recurso inconsciente. Nesta primeira parte surge-nos também uma indirecta parábola à nossa sociedade actual, em referência mais ou menos evidentes. Sempre interessante é o trajecto da protagonista, o aprofundar da sua dimensão humana e a consequente “via dolorosa” ou uplift que a afasta do modelo de heroína ou anti-heroína na definição mais “clássica” Os leitores mais atentos poderão até encontrar paralelismos entre esse trajecto e os relatos de uma importante figura da religiosidade ocidental. É aqui que a uma alegoria idêntica a algo já consumado por C. S. Lewis (sem o elemento feminino, no entanto) se une ao que o próprio autor refere como uma influência das ideias expressas em Chariots of the Gods – característica que diferencia este livro de muitos outros!

Na segunda metade do livro, o autor liberta-se mais do modelo anterior, perde a “vergonha” e revela a “verdadeira face” do seu relato, chegando a introduzir “novidades” na narrativa – alguns “sonhos” são um bom exemplo. Aqui surge nova audácia! As divindades são escalpelizadas e surge uma nova alegoria que nos poderá fazer reflectir no nosso próprio mundo. Novas personagens vão surgindo e algumas são também interessantes – chegando até a ser abordada (timidamente) a sexualidade de uma delas! Não se espere o habital “rebanho” de “bons e justos” em crusade mode! Nada disso! O próprio final também é diferente. Aliás, esse final invulgar indica-nos uma “ponte” para algo que poderá ser ainda mais singular.

Decididamente, a colecção Via Láctea ganha originalidade e novo fôlego – o que espero seja só o começo! Recomendado a todos os que gostam do género épico/fantástico e também aos que não gostarem.

Nota: este breve comentário foi obviamente restrito, devido ao facto de o livro ser colocado hoje à venda em Portugal e não querer carregá-lo de spoilers.

Crítica: O Regresso dos Deuses - Rebelião ( Blog Bela Lugosi is Dead )

25.04.11






Autor: Pedro Ventura
Editora: Editorial Presença (2011)





O Regresso dos Deuses - Rebelião é a nova obra de Pedro Ventura e surge no seguimento de Goor – A Crónica de Feaglar – dividido em dois volumes publicados pela chancela da Papiro Editora. Contudo, este novo livro consegue ser independente dos anteriores, uma vez que a tramas são afastadas temporalmente e ainda por serem fornecidas as informações passadas necessárias para entender o enredo.

Pedro Ventura apresenta uma era onda a paz e a prosperidade são uma aparência, uma vez que a existência humana está ameaçada pelo domínio Holkan. É neste clima de tensão que surge uma misteriosa mulher que assume a missão de alterar o rumo dos acontecimentos.

“Que ela não é como nós já eu sei… O que eu não sei é o que ela realmente é…”

Calédra Denaris é uma bela guerreira e antiga rainha dos aurabranos que ficou adormecida durante várias décadas, despertando num tempo distante e diferente daquele que conhecia. Os locais que visita estão diferentes ou esquecidos, depara-se com os descendentes daqueles que conheceu no seu tempo, reconhece que o poder está nas mãos erradas e não aceita que a história tenha sido esquecida ou transformada numa lenda, e que certos temas importantes tenham sido proibidos ou adulterados.

A guerreira, outrora conhecida como Portadora da Luz, é dona de uma personalidade e de capacidades bastante peculiares que a afastam do herói comum. De temperamento instável, não procura agradar os outros mas sim lutar por aquilo que acredita, apesar de ser possível ao leitor conhecer as suas dúvidas, desespero, angústias e a força que a leva a continuar a lutar pelo ideal. Calédra não é uma personagem agradável num ponto de vista inicial, mas revela-se bastante peculiar e forte.

Pedro Ventura apresenta uma escrita bastante coerente e as suas ideias são bem transmitidas. Os diálogos estão bem conseguidos e são credíveis. Mas a existência de um mapa ajudaria o leitor a melhor localizar a acção assim como a melhor entender o espaço que existe na mente do autor.

O leitor irá viajar por uma terra diferente onde surgirão diferentes personagens que irão seguir a guerreira, e é aqui que surgem algumas das mais agradáveis surpresas. O grupo que se junta não parece ser o mais indicado para a missão em curso, mas o leitor logo perceberá que muitas destas personagens não são apenas aquilo que aparentam, o que lhes confere uma dimensão mais humana e realista.

Durante esta aventura são muitos e diferentes os momentos com que o leitor se depara, sendo uns bastante interessantes enquanto outros tornam a leitura mais entediante. Isto, devido às grandes quantidades de informação desnecessárias ou pela existência de episódios que parecem um pouco forçados.

A Editorial Presença fez uma boa aposta em Pedro Ventura, um autor português possuidor de uma boa capacidade escrita e ideias interessantes. Seria agradável que a editora revelasse interesse em publicar o trabalho anterior, já que não se encontra disponível, assim como na aposta de projectos futuros. – Cláudia Sérgio

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