Goor - A Crónica de Feaglar (para venda)

05.05.13

Sete anos depois, o romance épico "Goor - A Crónica de Feaglar", volume I está novamente disponível!


PONTOS DE VENDA:


BUBOK

LIVRO

custo: cerca de 16 euros - incluindo despesas de envio (economy) para PORTUGAL

          cerca de 52 reais - incluindo despesas de envio (economy ) para o BRASIL


*Pode também contactar directamente o autor: noctis2006@sapo.pt


EBOOK

custo: 5 euros/R$12.02 

 




 

 “Lembro que cando rematei de lér a segunda novela de Pedro Ventura (Goor II – A Crónica de Feaglar, aló polo 2007) puiden dicir sen temor ao ridículo que viña de rematar a millor novela de xénero fantástico da miña vida. Aquela novela era o cabo a unha história de coraxe, aventuras e humanidade que tan só facían desexar lér mais e mais (…)”

 

NOVA FANTASIA (GALIZA - ESPANHA)



"Enquanto leitor senti-me verdadeiramente sugado pela história levando a que consumisse cada pequeno passo da narrativa de forma deliciosa...Tem todos os ingredientes: acção, intriga, romance... Se gosta do género, vai adorar este livro. Eu já vou a meio e estou a adorar! A história é fluida e interessante, tendo lugar num mundo imaginário, onde o valor humano tem um papel muito importante. Quem não comprar este livro não sabe o que perde..."

GALEONDI - YAHOO (BRASIL) 


"Goor - As Crónicas de Feaglar I & II são obras inigualáveis. A primeira coisa em que pensei quando terminei de os ler foi "Uau, nunca pensei que houvesse uma obra destas, muito menos escrita por um autor português". (...) Desde cedo entramos num mundo completamente novo. E, apesar de estas duas obras serem classificadas no género Fantástico, desenganem-se se pensam que vão encontrar os seus elementos típicos como fadas, gnomos, elfos, anjos ou vampiros ou o que quer que vos possa passar pela cabeça. Aqui, temos a humanidade dura e crua, onde cada pensamento e acção têm uma intensidade nunca antes expressas desta forma."


SOFIA TEIXEIRA - BLOG MORRIGHAN (PORTUGAL)





Goor - A Crónica de Feaglar está de regresso!

17.02.13

 


Sete anos depois, o romance épico "Goor - A Crónica de Feaglar", volume I está novamente disponível!


PONTOS DE VENDA:


BUBOK

LIVRO

custo: cerca de 16 euros - incluindo despesas de envio (economy) para PORTUGAL

          cerca de 52 reais - incluindo despesas de envio (economy ) para o BRASIL


*Pode também contactar directamente o autor: noctis2006@sapo.pt


EBOOK

custo: 5 euros/R$12.02 

 




 

 “Lembro que cando rematei de lér a segunda novela de Pedro Ventura (Goor II – A Crónica de Feaglar, aló polo 2007) puiden dicir sen temor ao ridículo que viña de rematar a millor novela de xénero fantástico da miña vida. Aquela novela era o cabo a unha história de coraxe, aventuras e humanidade que tan só facían desexar lér mais e mais (…)”

 

NOVA FANTASIA (GALIZA - ESPANHA)



"Enquanto leitor senti-me verdadeiramente sugado pela história levando a que consumisse cada pequeno passo da narrativa de forma deliciosa...Tem todos os ingredientes: acção, intriga, romance... Se gosta do género, vai adorar este livro. Eu já vou a meio e estou a adorar! A história é fluida e interessante, tendo lugar num mundo imaginário, onde o valor humano tem um papel muito importante. Quem não comprar este livro não sabe o que perde..."

GALEONDI - YAHOO (BRASIL) 


"Goor - As Crónicas de Feaglar I & II são obras inigualáveis. A primeira coisa em que pensei quando terminei de os ler foi "Uau, nunca pensei que houvesse uma obra destas, muito menos escrita por um autor português". (...) Desde cedo entramos num mundo completamente novo. E, apesar de estas duas obras serem classificadas no género Fantástico, desenganem-se se pensam que vão encontrar os seus elementos típicos como fadas, gnomos, elfos, anjos ou vampiros ou o que quer que vos possa passar pela cabeça. Aqui, temos a humanidade dura e crua, onde cada pensamento e acção têm uma intensidade nunca antes expressas desta forma."


SOFIA TEIXEIRA - BLOG MORRIGHAN (PORTUGAL)






Goor is back!

16.03.12

 Devido aos muitos pedidos para adquirir estes livro que, desde 2007/2008 estão esgotados, está a ser equacionada uma reedição dos mesmos em 2012 sob uma chancela diferente.

  Essa possível reedição terá em conta dois princípios:

 

  •   Conseguir um preço de capa acessível (abaixo dos 20 euros da 1ª edição - que julgo ser demasiado para os dias que correm);
  •   Permitir que os "Goor" possam chagar ao Brasil por livro e/ou ebook.
"Regresso a Goor, mundo fantástico capaz de fazer corar o Senhor dos Anéis!"
in Correio da Manhã

Vai submeter-se ou aderir à Rebelião?

12.03.12

 

"Diferente. Ambicioso. Eloquente, O Regresso dos Deuses – Rebelião é o tipo de livro que qualquer aficionado por fantasia épica deveria experimentar. Lá por ser português não é motivo para se passar ao lado ou para se julgar sinónimo de pouca qualidade, muito pelo contrário. Tratando-se de uma obra nacional, é de enfatizar a importância para o reportório português que obras deste carácter têm. Caso a sinopse lhe tenha surtido interesse, aventure-se; caso não, aventure-se de igual forma. Valerá a pena."

 

in Pedacinho Literário

 

 

 

 

 

"uma obra de um autor português de grande qualidade, que foge de forma determinada ao esterótipo da donzela em perigo que vai ser salva pelo guerreiro forte e musculado. É uma obra quase desprovida de romance pitoresco, indo muito mais além na abordagem ao íntimo do ser humano revendo valores, pondo em causa o que está certo ou errado sendo claro que tudo acaba por depender de uma certa subjectividade do sujeito que interpreta os factos."
Sofia Teixeira - Blog Morrighan

Goor - A Crónica de Feaglar

28.02.12

  Devido aos muitos pedidos para adquirir estes livro que, desde 2007/2008 estão esgotados, está a ser equacionada uma reedição dos mesmos em 2012 sob uma chancela diferente.

  Essa possível reedição terá em conta dois princípios:

 

  •   Conseguir um preço de capa acessível (abaixo dos 20 euros da 1ª edição - que julgo ser demasiado para os dias que correm);
  •   Permitir que os "Goor" possam chagar ao Brasil por livro e/ou ebook.
"Regresso a Goor, mundo fantástico capaz de fazer corar o Senhor dos Anéis!"
in Correio da Manhã

Regresso dos Deuses - A Rebelião continua em 2012

28.01.12

 

 

Diferente. Ambicioso. Eloquente, O Regresso dos Deuses – Rebelião é o tipo de livro que qualquer aficionado por fantasia épica deveria experimentar. Lá por ser português não é motivo para se passar ao lado ou para se julgar sinónimo de pouca qualidade, muito pelo contrário. Tratando-se de uma obra nacional, é de enfatizar a importância para o reportório português que obras deste carácter têm. Caso a sinopse lhe tenha surtido interesse, aventure-se; caso não, aventure-se de igual forma. Valerá a pena. 


Pedacinho Literário

 

 

 

À venda nas principais livrarias e online nos seguintes sites:

 

 

 

 

 

 

FNAC (envio grátis e desconto para aderentes)


 

EDITORIAL PRESENÇA  (desconto de 10%)

 

           

 

 

 

 

EDITORIAL BERTRAND 

 

 

    

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Regresso dos Deuses no Nova Fantasia (Galiza)

14.09.11
Do site NOVA FANTASIA, da Galiza, chega-nos uma opinião sobre o mais recente livro de Pedro Ventura, “O Regresso dos Deuses – Rebelião”. Um autor português a levar o estandarte do fantástico português lá para fora e a voltar com louvores. Parabéns Pedro!

O Regresso dos Deuses – Rebelião

Calificación: Calificación Calificación Calificación

Pedro Ventura
Editorial: Presença (2011)

“Lembro que cando rematei de lér a segunda novela de Pedro Ventura (Goor II – A Crónica de Feaglar, aló polo 2007) puiden dicir sen temor ao ridículo que viña de rematar a millor novela de xénero fantástico da miña vida. Aquela novela era o cabo a unha história de coraxe, aventuras e humanidade que tan só facían desexar lér mais e mais (…)”

LEIA O RESTO AQUI!   

 

retirado do site: Correio do Fantástico

 

 

 

 

Regresso dos Deuses - Rebelião (-40%)

08.09.11

 

O Regresso dos Deuses está com 40% de desconto no Voz de Celénia! - apenas 11,34 euros (mais 1,10 de portes) em vez dos 18,90 de tabela.* Todos os exemplares são autografados pelo autor!

Caso esteja interessado, envie um email para noctis2006@sapo.pt

 

Não perca esta oportunidade!

 

 

 

 

*limitado ao stock existente/pagamento por transferência bancária

Entrevista de Pedro Ventura no Blog Morrighan

05.09.11
Feira do Livro de Lisboa 2011
Depois de uma primeira entrevista, antes da edição de o 'Regresso dos Deuses - Rebelião', aqui fica um pequeno apanhado dos últimos tempos na vida do autor:

Fala-nos sobre o teu regresso ao mundo literário, desta vez através de uma das maiores editoras em Portugal:

O meu regresso foi algo inesperado até para mim. Tinha o desejo de voltar a ter um livro meu editado mas, sinceramente, não fazia muito para que tal acontecesse. Não vivia (nem vivo) preocupado com o tal "mundo literário"... Aliás, nem sei muito bem o que isso é! Conheci pessoas interessantes, estabeleci novas amizades e tive alguns bons momentos que irei sempre recordar - esta é a minha melhor definição para essa vertente da minha vida, esse é o meu enriquecimento pessoal. Mentiria se dissesse que ter um um livro publicado não constitui um bom tónico para o ego... Mas fica por aí. É apenas uma parte do "meu mundo". 
Todavia, essa possibilidade acabou por surgir através da Presença. Como é óbvio, não hesitei e lancei o "Regresso dos Deuses - Rebelião". A Presença é uma grande editora e existem várias diferenças óbvias que consistem em, por exemplo, encontrar o meu livro à venda em praticamente todas as livrarias. Mas nem quero fazer este tipo de análise. O passado já lá vai e o que me interessa é o presente e o futuro - esses serão doravante os meus termos de comparação...


'O Regresso dos Deuses - Rebelião' é uma obra que tem personagens das tuas duas obras anteriores, os Goor. Quem não tiver lido os Goor vai ter dificuldades em integrar-se neste novo mundo?
Não. Apesar de perceber que alguns leitores - especialmente os que não leram os Goor - talvez gostassem de conhecer a fundo todas as referências que surgem neste livro, não se torna essencial para a sua compreensão. O enredo é autónomo e centrado na protagonista e numa conjuntura que é extraordinária. Perante a gravidade dos acontecimentos relatados não considerei essencial estar a colocar "notas de rodapé". As personagens interessam pelo papel que desempenham na acção. Julgo que seria penoso estar a explicar a origem de povos, a descrever a genealogia de personagens ou a desenvolver relações amorosas cuja longevidade poderá ser idêntica à de uma ephemeroptera... Mas percebo que haja quem saboreie esses pormenores. Eu próprio aprecio o pormenor mas tomei esta opção de forma consciente... No entanto, o livro pode ser explorado de outro modo. Existem inúmeras ideias que eu trouxe para a história e que os leitores podem escalpelizar. Não há muita coisa ao acaso... Por exemplo, a sociedade dhorian acaba por ser uma analogia e não um mero cenário impensado. E se coloco uma citação de um apócrifo no início do livro, faço-o com um objectivo claro. 


Por norma temos sempre heróis do sexo masculino em que um dos objectivos é proteger algures uma dama envolto num romance. Nesse aspecto tu trouxeste uma grande lufada de ar fresco com Caledra - a nossa heroína. Fala-nos um pouco sobre ela e porque optaste por uma protagonista deste género.
De facto, optei por uma protagonista feminina extremamente pragmática, poderosa e independente, aquilo a que vulgarmente se chama de "personagem forte". Ela não precisa que ninguém a proteja, tanto pode ser vil como bondosa, revela-se imperfeita como qualquer um de nós, rege-se uma "moral maleável" que se adapta às situações e aos seus objectivos e a verdade é que não tem condições para o (quase obrigatório) romance - sempre achei muito "hollywoodesca" a ideia ter de haver um namorico entre as personagens principais mesmo que estejam a poucos instantes do Apocalipse. Não me parece muito credível... Sou um acérrimo defensor de relacionamento fortes e genuínos (não sou um daqueles "ressequidos" que consideram obrigatório que tudo seja falso, trágico e disfuncional...) e não estou com isto a rebater a sua presença neste tipo de relatos (veja-se os Goor...) mas neste caso em concreto deixei de parte os relacionamentos amorosos. 
Julgo que Calédra é realmente uma lufada de ar fresco mas quem não estiver habituado pode até "constipar-se". Não é comum ver uma "heroína" que, a certa altura, até nos pode levar a não simpatizar com ela. Admito que não seja fácil gostar de alguém que abusa da sobranceria, que revela amiúde uma frieza cruel, uma teimosia exasperante e um espírito indomável - mesmo que também aqui resida algum do seu encanto. Ela é autêntica (ninguém é perfeito...) e não está naquela trama para agradar, está lá para tentar cumprir uma missão. Naquele contexto, uma personagem mais "fraca" não chegaria à pagina cinquenta... Ela é a pessoa certa no momento certo, mesmo que possa falhar nos seus intentos. Eu vejo as coisas assim: se estamos no deserto com o Afrika Korps pela frente, precisamos do Montgomery e não do Lenardo Di Caprio... Penso que Calédra acaba também por ser uma homenagem a todas as mulheres que não se reveem na fragilidade estereotipada que abunda na literatura, no cinema, etc. Porque não uma mulher como Calédra? Julgo que, no fim do livro, os leitores entenderão a sua personalidade e terão até uma forte empatia por ela.


O livro está inserido na Via Láctea que é caracterizada por ser uma colecção de fantasia. No entanto eu discordo um pouco dessa classificação em relação à tua obra. Como é que a classificas?

Sinceramente, não julgo que se trate de Fantasia, já que falta o fundamental elemento mágico e a habitual galeria de personagens associadas ao género. O mundo é imaginário e com um nível tecnológico comparável ao período medieval mas esses aspectos não definem o livro. Gosto de pensar no Regresso dos Deuses como um épico no qual coloquei indirectamente alguns temas que sempre me fascinaram: os mitos sumérios como os annunnaki e até alguns aspectos, mais ou menos nebulosos, da religião cristã. Mas também não saberia como o classificar... Será um romance épico com uma influência de imaginário "danikeniano"? Talvez... E essa influência não é assim tão invulgar como poderá parecer à primeira vista. A popular série Stargate, por exemplo, assenta muito do seu enredo nas hipóteses de Daniken. No fundo, trata-se de um cenário imaginário com uma boa dose de Fantástico e por essa razão julgo que encaixa perfeitamente na "Via Láctea".


Dando a minha opinião pessoal, gostava de ver os Goor reeditados numa edição de qualidade como foi este 'O Regresso dos Deuses'. Faz parte dos teus objectivos reeditá-los e fazê-los chegar mais facilmente às mãos dos teus leitores?
Ainda hoje, passados cinco anos desde o lançamento do Goor I, os livros continuam a ser motivo de grande interesse e procura - até no Brasil onde nem foram editados! Tenho algumas sugestões no sentido de os reeditar mas quero ponderar bem essa hipótese com a devida calma. Antes de mais terei de sondar o interesse da editora à que estou ligado e só depois pensar no futuro dos Goor. Tenho plena consciência de que eram livros mais "comerciais" do que o Regresso dos Deuses mas ainda não tenho qualquer certeza sobre o que irá acontecer. 


O que se segue? Algo mais parecido com os Goor ou com a esta tua obra mais recente?
Eu já tinha começado a escrever uma história na linha do Regresso dos Deuses mas parei a meio e ficou no "fundo da gaveta". Nem sei bem porquê... Foi uma daquelas decisões difíceis de explicar mas inquestionáveis. Recentemente iniciei algo diferente que também é uma continuação mas não tenho tido tempo nem a serenidade necessária para colocar no papel as ideias que tenho. Infelizmente, não posso fazer daqueles "retiros de inspiração" nas Maldivas ou coisa do género e o complicado quotidiano nem sempre me possibilita o prazer da escrita. Mas não tardará... Eheheh! 

Pedacinho Literário: opinião sobre Regresso dos Deuses - Rebelião.

27.06.11

O Regresso dos Deuses - Rebelião, Pedro Ventura



Título: O Regresso dos Deuses – Rebelião
Autoria: Pedro Ventura
Editora: Editorial Presença
Colecção: Via Láctea, N.º 95
Nº. Páginas: 390
Sinopse:
Após um longo sono de várias décadas, Calédra, a bela guerreira aurabrana, desperta subitamente para uma realidade que lhe é estranha, um tempo que não é o seu. Antiga rainha dos aurabranos e senhora de um passado obscuro, Calédra, outrora conhecida como a Portadora da Luz, está destinada a protagonizar uma missão quase impossível – salvar o mundo, e muito em particular os humanos, da crescente ameaça representada pelo domínio Holkan. Ao longo desta saga extraordinária, são muitos (e improváveis) os aliados que Calédra vai encontrando, e muitas são também as vezes em que a guerreira enfrenta inimigos terríveis – como Mugar-Abe, o tenebroso regente do reino e aliado dos Holkan – e se vê às portas da morte. Mas o seu espírito singular e inquebrantável promete dar luta aos seus inimigos e cativar-nos desde logo, pela sua determinação, levando-nos a ler com insaciável velocidade as páginas deste épico vibrante.
Opinião:
Que espantosa surpresa.
Pedro Ventura vem reafirmar a naturalidade e qualidade escrita que corre nas veias de muitos escritores nacionais. Aventurando-se na fantasia épica, o autor apresenta uma obra delicadamente estruturada e robustecida por uma protagonista de peso – Calédra. Não tendo nada a ver com comuns personagens principais femininas encontradas, cada vez com maior frequência, em muitos romances do género fantástico – e não só épico –, Calédra destaca-se pela sua personalidade firme, espírito rebelde e mente ousada, indomável.
O Regresso dos Deuses – Rebelião trata-se de um romance épico de grande qualidade, escrito de forma belíssima, ora apresentando momentos de uma paixão incrível ora focando-se no caminho seguido pelos personagens e na ambiência cénica, que serve de “apresentação” ou início, de uma vertiginosa aventura à qual, dificilmente, o leitor conseguirá resistir.
Após décadas de um sono intenso, Calédra acorda para uma realidade totalmente desconhecida, claramente bastante diferente da sua. Sem compreender por completo o porquê de se encontrar onde se encontra, Calédra passa por todo um processo de consciencialização perante um presente estranho e um abandono inevitável por parte daqueles que outrora conhecera. E é somente depois de compreender o real propósito do seu acordar que ela leva em atenção a concretização da sua missão, embora com uma mistura interessante de sentimentos contrários pelo meio. Corajosa, audaciosa e arrojada, Calédra não olhará a meios para atingir o seu fim, que se define pela simples premissa de ter de salvar o mundo de uma ameaça invulgarmente forte.
Pedro Ventura criou em, O Regresso dos Deuses – Rebelião, um enredo curioso e complexo que, embora inicialmente possa não agradar por completo ao leitor, a verdade é que este, quando dá verdadeiramente conta do correr das páginas e do fluir da leitura, já não consegue mais largar o livro. Sem dúvida, o foco de destaque vai para a personagem principal. A sua peculiar força e atracção agarram o leitor de tal maneira que este encontra nela um escape da rotina fantástica que caracteriza as mulheres como flores frágeis e quebradiças, normalmente eternamente apaixonadas e ansiosas por um futuro impossível. É nesta primeira quebra com o comum que Pedro Ventura capta a atenção do leitor, e ainda que não estejamos perante um clássico da literatura ou uma grandiosa obra, a verdade é que O Regresso dos Deuses – Rebelião mostra um primeiro contacto prometedor e cativante, que cria expectativas no leitor e que, principalmente, posteriormente as cumpre, deixando uma espécie de formigueiro irrequieto quando finalmente se atinge o fim e se encontra uma promessa de algo mais... de algo extraordinário.
Indo contra as normas de um romance entre duas personagens que caracteriza todo o avançar de uma obra, Pedro Ventura decide antes salientar os valores e os sentimentos mais profundos que constituem as personagens ao invés de envolver toda uma ambiência romântica em torno de uma aventura intricada e perigosa. Assim, a narrativa mostra-se desprovida daquela primeira impressão excessivamente enjoativa e previsível para dar asas a uma criatividade heróica e inesperada.
Diferente. Ambicioso. Eloquente, O Regresso dos Deuses – Rebelião é o tipo de livro que qualquer aficionado por fantasia épica deveria experimentar. Lá por ser português não é motivo para se passar ao lado ou para se julgar sinónimo de pouca qualidade, muito pelo contrário. Tratando-se de uma obra nacional, é de enfatizar a importância para o reportório português que obras deste carácter têm. Caso a sinopse lhe tenha surtido interesse, aventure-se; caso não, aventure-se de igual forma. Valerá a pena. 

Review do livro "O regresso dos Deuses: Rebelião" - Illusionary pleasure

27.06.11
Há leituras que podem vir em tempos bastante ingratos, há outras que comparando com outros livros até podem ser surpresas agradáveis. Depois de Le Guin, li mais dois livro da Karen Moning para desligar o cérebro e voltá-lo a activá-lo quando pegasse no próximo livro. Penso que se não o tivesse feito, o desgraçado do livro “Rebelião” (vamos chamar assim que o original é maior) sofreria críticas mais cruéis. Primeiro deixem-me literalmente explodir de alegria por ver finalmente um livro de Fantasia com um a personagem, que para a maioria das pessoas deve ser detestável.

Para mim, é com agrado que vejo uma mulher, escrita pela mão de um homem, a conseguir um balanço muito bom entre a guerra e a arte de matar, aliado à personalidade marcante. Pedro Ventura construiu Rebelião à imagem e semelhança de Cáledra. Tudo foca na sua pessoa, e sem ela o livro termina. Esta importância resulta tanto num afastamento por parte do leitor que poderá não simpatizar com a personagem principal, como pode devorar as páginas completamente enamorado da sua frescura.

Ao longo do livro deparei-me com uma questão “Se retirarmos Cáledra, o que resta do livro?”. Existem várias raças/ povos, bastantes discussões políticas provavelmente exploradas nos dois livros anteriores. Contudo e devido à dificuldade de acesso penso que o leitor sofre de uma falta de background história e sobretudo racial importante. Imaginar um dhorian ou um audhorians. O que me leva a outro problema – os nomes que para ler parece que estamos a invocar o demónio. Eu sei que a Fantasia implica por vezes nomes esquisitos, e não é a mesma coisa ler um Artur a dizer “Irei esventrar-te”, ou um tipo chamado Ghaleas (não sei se este nome apareceu no livro, só memorizei quatro nomes). Existem tantos nomes esquisitos em Portugal, principalmente nas aldeias, que acho engraçado estarmos por vezes a recuperar essas origens mais obscuras, do que ir buscar a outro sítio. Outro acontecimento curioso foi o facto de muitos dos aliados da Portadora da Luz aliarem-se a ela devido a visões. Se muitos desconfiavam da sua Capitã e até a chamavam de louca, achei engraçado que muitos só se juntavam porque tinham tido visões.

O problema de Rebelião será também a descendência do livro anterior. Supostamente alguém tenta matar Calédra, mas quem? Embora esta pergunta seja quase o ponto de partida do livro a meio a história sofre tanta volta e rumo próprio, que a Portadora da Luz nem quer saber quem a matou. Quando a trama começa a adensar, a personalidade de Calédra afrouxa e o único romance que há no livro é pobre. Curiosamente tive a mesma sensação ao ler “A game of thrones” onde a parte afectiva não era explorada. Quando assisti à apresentação do livro, este aspecto já tinha sido tratado e estava consciente que não haveria romance, contudo o par que se forma é tratado com demasiada brevidade. Uma pessoa quando lê um livro precisa também de sentir algo, não apenas amor/ódio pela personagem principal.

O erro e a virtude de Rebelião está em Calédra.

O autor merece de igual “kudos” não só por ter usado poucas descrições, como também por não ter feito Infodump à bruta. Muita informação a própria Calédra descobria nos livros e é uma forma diferente de introduzir o passado sem ser através do narrador Todo-Poderoso. Vale a pena ler “Rebelião”, especialmente para aqueles que tiveram oportunidade de ler “As crónicas de Fealgar” e claro que o fim do livro grita por uma sequela. Poderá ser que no próximo as raças e histórias sejam mais desenvolvidas, visto que foi este o único ponto fraco.

Passatempo II "O Regresso dos Deuses - Rebelião" de Pedro Ventura

31.05.11

 

 

 

Para concorrer a este passatempo e habilitar-se a ganhar um exemplar de Regresso dos Deuses - Rebelião, siga o LINK

Opinião: "O Regresso dos Deuses - Rebelião" de Pedro Ventura no blog MORRIGHAN

31.05.11

O Regresso dos Deuses - Rebelião 
Pedro Ventura

Editora: Editorial Presença
Colecção: Via Láctea (#95)

Sinopse: Após um longo sono de várias décadas, Calédra, a bela guerreira aurabrana, desperta subitamente para uma realidade que lhe é estranha, um tempo que não é o seu. Antiga rainha dos aurabranos e senhora de um passado obscuro, Calédra, outrora conhecida como a Portadora da Luz, está destinada a protagonizar uma missão quase impossível – salvar o mundo, e muito em particular os humanos, da crescente ameaça representada pelo domínio Holkan. Ao longo desta saga extraordinária, são muitos (e improváveis) os aliados que Calédra vai encontrando, e muitas são também as vezes em que a guerreira enfrenta inimigos terríveis – como Mugar-Abe, o tenebroso regente do reino e aliado dos Holkan – e se vê às portas da morte. Mas o seu espírito singular e inquebrantável promete dar luta aos seus inimigos e cativar-nos desde logo, pela sua determinação, levando-nos a ler com insaciável voracidade as páginas deste épico vibrante.

Opinião: Após as excelentes leituras que foram os dois Goor de Pedro Ventura, este traz-nos agora uma nova obra, inserida no mesmo mundo contudo num tempo bastante diferente.

Dada a separação que houve entre os dois volumes anteriores, que não se encontram à venda, e este, a parte inicial da história acaba por ser uma contextualização histórica e temporal relativamente aos Goor.
Calédra, personagem de grande destaque nos Goor, acorda então passadas algumas décadas sem compreender o porquê de ter sido preservada este tempo todo. Quando toma consciência de si no mundo em que se encontra, não reconhece ninguém e pergunta-se qual será o seu propósito. Quando o compreende, uma mistura de sentimentos contraditórios apoderam-se da bela guerreira, todavia nunca colocando em causa a sua missão.
O seu percurso será doloroso, marcante, muitas vezes ingrato e outras tantas odioso, mas ela sabe que só assim conseguirá salvar os humanos do seu terrível desaparecimento.

Apesar de estar inserido na colecção Via Láctea, 'O Regresso dos Deuses - Rebelião' não é tanto um livro de fantasia enquadrado nos padrões habituais, contendo sim elementos sobrenaturais que lhe dão um toque mais místico.
Outro ponto de ruptura com o fantástico a que estamos habituados, é a caracterização da personagem principal. Ao invés de termos a parte feminina mais fraca em que existe uma masculina claramente dominante que tem como função proteger a mulher frágil, aqui temos uma protagonista em que ela é que está despida de qualquer fraqueza aparente tendo uma personalidade extremamente forte, um carácter determinado e um punho de ferro. Calédra Denaris é sem dúvida uma personagem enigmática, obscura e ao mesmo tempo fascinante na sua frieza em relação ao que a rodeia.
Há também um grupo de personagens, como Advark, Garleana, Marávia e Cartina, nenhuma delas simples, mas que se mantiveram ao lado de Calédra até ao fim, cada um percorrendo a sua própria demanda pessoal.

Sou sincera, apesar de ter gostado mais dos Goor, acho que temos aqui uma obra de um autor português de grande qualidade, que foge de forma determinada ao esterótipo da donzela em perigo que vai ser salva pelo guerreiro forte e musculado. É uma obra quase desprovida de romance pitoresco, indo muito mais além na abordagem ao íntimo do ser humano revendo valores, pondo em causa o que está certo ou errado sendo claro que tudo acaba por depender de uma certa subjectividade do sujeito que interpreta os factos.

Por fim, dou os parabéns ao Pedro Ventura por nunca desistir e finalmente conseguir ter uma obra sua ao dispor de todos e à Editorial Presença por ter apostado num autor cheio de potencial. Gostei.

Opinião: “O Regresso dos Deuses – Rebelião” de Pedro Ventura (por Vítor Frazão)

19.05.11

Não tendo lido “Goor – A Crónica de Feaglar” volumes I e II, o meu principal receio ao pegar em “O Regresso dos Deuses – Rebelião” foi que isso fizesse diferença (embora já me tivesse assegurado que não). Felizmente, depressa descobri que embora a narrativa desperte alguma curiosidade sobre as obras anteriores (aliás, sobre todo o universo literário em questão) a leitura destas não é um pré-requisito necessário para a apreciar.

 

Embora seja imediatamente identificada com high fantasy, “O Regresso dos Deuses – Rebelião mantém-se longe dos clichés e insere elementos novos, o que lhe confere originalidade, nomeadamente temas que são mais habituais em ficção científica do que em fantasy, evitando ao mesmo tempo uma transferência entre os géneros (tentativas que por vezes podem descambar em resultados que “não são carne nem peixe”, o que felizmente não foi o caso).

 

Contrariando uma tendência que infelizmente tem vindo a fazer sentir o seu peso dentro do fantástico (mandando às urtigas décadas de evolução), em “O Regresso dos Deuses – Rebelião” temos uma protagonista feminina forte. Quando digo forte não estou a falar apenas de uma pirralha com um pouco de atitude e uma língua afiada, nem de uma lutadora semi-nua com mais curvas do que cérebro, mas uma verdadeira guerreira, cujo valor vem de efectiva força física e psicológica. Sim, Calédra é bela, como vários personagens o afirmam, porém, o seu aspecto não tem qualquer peso face aos actos, nem é utilizado como uma vantagem.

 

Calédra Denaris é poderosa, tanto que, por vezes, se torna difícil identificarmo-nos com esta irascível e arrogante rufia possuidora de capacidades sobrenaturais, todavia, ao mesmo tempo, vemos ocasionais momentos de fraqueza e dúvida que revelam um ser além da mera máquina de guerra, da salvadora que fará o que for preciso para defender o mundo do domínio dos Holkan.

 

Em redor desta guerreira temos um conjunto de personagens secundárias que, tal como a protagonista, são pintadas com tons de cinzento, o que lhes fornece uma refrescante ambiguidade moral (que nem sempre vemos obras de high fantasy) e também preparou o terreno para algumas surpresas.

 

O único senão da obra é a ausência de descrições mais pormenorizadas, o que dificulta a visualização física de certas personagens, não obstante, também compreendo que a introdução de tal elemento poderia ter prejudicado o ritmo da narrativa.

 

Em suma, uma boa leitura, que não desiludiu (risco sempre presente quando criamos expectativas).      

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