Em 1487, em Faro, foi editado em caracteres hebraicos o Pentateuco por Samuel Gacon. Existiam outras tipografias hebraicas em Leiria e Lisboa até 1496, data em que os judeus foram expulsos do país.
Em 1494, na cidade de Braga, o impressor alemão João Gherline, imprimiu o Breviarium Bracarense, que ficou conhecido como o mais antigo inconábulo em latim impresso em Portugal.
Em 1495, em Lisboa, os impressores alemães Niculau de Saxónia e Valentim Fernandes de Morávia publicaram a tradução de Vita Christi de Ludolfo de Saxónia.
Em 1497, no Porto, o primeiro impressor português, Rodrigo Álvares, imprimiu na nossa língua as Constituições do Bispado do Porto e os Evangelhos e Epístolas.
A tipografia teve na primeira metade do séc. XVI o seu período áureo, para decair até ao séc. XVIII, integrando uma tendência europeia. No séc. XVIII, graças ao impulso de D. João V, o livro português teve o seu período de maior esplendor como provam as magníficas edições da Real Academia de História.
A partir de 1830, volta um período de decadência, apesar do Romantismo trazer novos aspectos estéticos.
Em meados do séc. XX, com as novas técnicas e graças ao exemplar de luxo, de tiragem especial e limitada, o livro renova-se em Portugal e passa mesmo a ser tido como objecto valioso em si mesmo.
Hoje em dia, o livro impresso enfrenta novos desafios, relacionados com as novas tecnologias, que julgo conseguirá novamente ultrapassar, talvez reduzindo-se quantitativamente, mas aumento ainda mais o seu valor como objecto artístico e cultural. O livro impresso é um sobrevivente e julgo que existirá, enquanto o Homem existir.
Pedro Ventura
( com adaptações de textos de Jorge Peixoto, de 1961 )
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