O grande son(h)o da ficção científica

21.09.13

    

 

 Algumas coisas sempre me provocaram estranheza no famoso artigo de Eduarda Sousa, "O grande sono da ficção científica" - outras nem por isso. O parágrafo que me cria mais irritação na garganta é este:

   "Existem discussões e especulações sobre a morte da FC. Na Internet, os argumentos são muitos, desde o rápido avanço da ciência que a FC não acompanha, até à constatação de que já vivemos num cenário de FC, o que torna o género obsoleto ou redundante."

 

     

 

     A FC só vive de tecnologia? É esse o seu "miolo"? Não creio. Mas vamos por aí, já que é ideia "mainstream": 

    Pensar que, na actualidade, estamos a viver um auge tecnológico e científico (e que isso limita a FC) é uma ideia tão alarve como viver no século XIX e pensar o mesmo - e aposto que havia quem o pensasse. De uma vez por todas: o nosso presente de "maravilhosas e insuperáveis concretizações" será apenas mais um tosco degrau no olhar do futuro. Se isso não acontecer é mau sinal, pois a humanidade terá estagando ou regredido - algo que, de qualquer das maneiras, será transitório, tal como a Idade das Trevas o foi...

    "Já vivemos num cenário de FC"? A sério? Em que país vivem? Em que mundo? E a tecnologia já deixou K.O. a imaginação humana? Então esperem pela Zira e pelo Dr. Zaius porque a nossa "missão" terminou. "Já vivemos"... Eu só pensaria assim se tivesse nascido no Século XII (por exemplo) e caísse abruptamente na actualidade. Mas não sou uma personagem do famoso filme de Jean-Marie Poiré nem tenho a maquineta imaginada por Wells para ir ao futuro. 

   "Já vivemos"... São os telemóveis que vos levam a pensar isso? A internet? Deixem que vos diga que este presente deixa muito a desejar em relação às expectativas que tinha no passado. Muitas! E não sou o único a pensar assim...

 

   Vamos lá a ver...

  A menos que ocorra uma mudança no paradigma cultural da maioria dos portugueses (que tarda mas chegará, digo eu, que sou um optimista e dado a saltos de fé...), em que o educandário reside em programa telivisivos como o "Somos Portugal", novelas e "Casas dos Segredos", etc, a FC será sempre uma expressão minoritária. Há aqui uma imcompatibilidade - desculpem a dicotomia, como terão de me desculpar por ser, a espaços, eufémico, mas é esta a minha visão da realidade. 

  Os valores dessa minoria leitora de FC serão variáveis (quase sempre devido a influências exteriores) mas não estará a dormir, em coma, nem morrerá. Existirão sempre milhões a dizer que o "Big Brother" é (apenas) uma ruminância televisiva e uns milhares a responder que é um personagem fictício de uma obra literária. Serão apenas centenas? Que sejam dez! Todavia, acredito na evolução e julgo que o regresso em força da FC acontecerá num mundo menos preocupado com o açaime economicista. Morrer? A FC morre no dia em a humanidade desaparecer. Até lá, aguentem com ela! 


"Fiction is not the bread of life, nor the wine of life, nor for long the satisfactory thou of life, but it hunger mingles with these hungers and is still there when the others are sated. Man dreams before he eats, after he thirsts, and in order to sleep. Fiction has deep roots, and will not disappear with a change of tools, fashions, or even planets. It provides that link in the chain of awareness that relates man to the urmensch of his subconscious. Fiction was there in the dark of the cave, at the beginning, and it will be there in the ruins at the end, oral, chiseled, or computed. It will, because we can´t help it."


Wright Morris

publicado por sá morais às 22:18

Happy 35th Anniversary BATTLESTAR GALACTICA

21.09.13

"Fleeing from the Cylon tyranny, the last battlestar, Galactica, leads a rag-tag fugitive fleet on a lonely quest: a shining planet, known as... Earth." On this date in 1978, the three-hour world premiere of Glen A. Larson's Battlestar Galactica aired on ABC, and like most of you, I was sitting on the living room floor about three feet from the TV, enjoying every minute of it. Happy 35th anniversary to the epic series that refuses to fade away!

in Space1970
publicado por sá morais às 11:29

"About fiction: reverent reflections on the nature of fiction with irreverent observations on writers, readers & other abuses", de Wright Morris

21.09.13

"The seamy side of life is so well documented we need look nowhere else but to the novel for it, and where life departs from such convincing fiction it seems unreal. Writers who are by nature optimistic and sanguine often have a hard time convincing skeptical readers that the top side of life is as real as the bottom."

 

pág 37

publicado por sá morais às 11:06

Cientistas encontram vida extraterrestre - Investigadores britânicos da Universidade de Sheffield descobriram microrganismos na estratosfera da Terra que parecem ter vindo do espaço.

21.09.13
Um dos microrganismos que os cientistas da Universidade de Sheffield dizem ser oriundo do espaço.
Um dos microrganismos que os cientistas da Universidade de Sheffield dizem ser oriundo do espaço.
Universidade de Sheffield

Uma equipa de cientistas do Departamento de Biologia Molecular e Biotecnologia da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, encontrou uma série de microrganismos na estratosfera da Terra a uma altitude de 27 km, o que significa que podem ter origem extraterrestre.

Na estratosfera - uma camada da atmosfera que fica entre os 10-13 km e os 50 km - existe um autêntico ecossistema constituído por uma grande diversidade de organismos microscópicos, mas os agora encontrados por um balão que foi enviado pela universidade "têm uma dimensão que torna impossível a sua proveniência da Terra a esta altitude", afirma Milton Wainwright, o cientista que liderou a descoberta.

A única exceção conhecida acontece "quando esses microrganismos são transportados por uma erupção vulcânica violenta", mas nenhuma aconteceu nos três anos em que foram recolhidas amostras da estratosfera pelo balão.

Vida chega continuamente à Terra

 

O professor da Universidade de Sheffield acrescenta que "na ausência de um mecanismo através do qual partículas como estas possam ser transportadas para a estratosfera, só podemos concluir que são entidades biológicas provenientes do espaço".

A equipa de investigadores britânica concluiu também que "a vida está a chegar continuamente à Terra vinda do espaço, não está restrita ao nosso planeta e quase de certeza que não foi originada na Terra".

Milton Wainwright argumenta, por isso, que os resultados desta investigação podem ser revolucionários porque, "se a vida está a chegar continuamente do espaço, temos de mudar completamente a nossa visão da biologia e da evolução".

A descoberta da equipa liderada por este investigador foi publicada no Journal of Cosmology, revista que "foi acusada no passado de publicar teorias marginais de credibilidade científica questionável", recorda o conhecido jornal online "Huffington Post".

Em todo o caso, a revista é editada por Rudolf Schild, diretor do programa de telescópios do insuspeito Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian (EUA), e o seu conselho editorial inclui nomes como Roger Penrose, astrofísico da Universidade de Oxford (Reino Unido) e um dos maiores especialistas de cosmologia do mundo.

 

 

Novos testes em Outubro

 

De qualquer maneira, o grupo de Wainwright vai fazer novos testes em outubro às amostras recolhidas pelo balão científico na estratosfera para confirmar os resultados da investigação agora feita.

O professor admite, aliás, que "seja usado o argumento de que pode existir um mecanismo ainda desconhecido de transferência de microrganismos da Terra para a alta estratosfera".   

Entretanto, a NASA revelou que o robô Curiosity não encontrou metano na atmosfera de Marte, o que surpreendeu os cientistas, porque as observações feitas antes por telescópios a partir da Terra e por sondas espaciais criaram expectativas de que pudessem ser encontradas quantidades apreciáveis deste gás.

Como sublinha um artigo publicado na revista Science pela equipa de investigadores que analisou os dados da Curiosity, "a presença de metano na atmosfera marciana é uma assinatura potencial de atividade biológica no presente ou no passado", ou seja, da presença de vida.



In Expresso

publicado por sá morais às 10:59

Red Fire

21.09.13

publicado por sá morais às 10:58

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