Desafie os Deuses! Regresso dos Deuses - Rebelião (Editorial Presença)

29.09.11

 

 

 

 

 

 

Regresso dos Deuses - Rebelião! Vai submeter-se ou aceitar o desafio?

 

 

 

 ‎"Decididamente, a colecção Via Láctea ganha originalidade e novo fôlego – o que espero seja só o começo! Recomendado a todos os que gostam do género épico/fantástico e também aos que não gostarem."

 


Andreia Torres

 

 

‎"Cativante, uma história onde todo um conflito de raças e de valores se concentra numa figura que, não o sendo, reflecte simultaneamente o melhor e o pior da natureza humana e que, de um início intrigante a um final que deixa muitas perguntas no ar, nunca perde o interesse, quer pela história, quer pelas figuras que a definem. Muito bom."

Carla Ribeiro

 

 

A Editorial Presença fez uma boa aposta em Pedro Ventura, um autor português possuidor de uma boa capacidade escrita e ideias interessantes. Seria agradável que a editora revelasse interesse em publicar o trabalho anterior, já que não se encontra disponível, assim como na aposta de projectos futuros. 

 

 Sandra Carvalho

 

 Cláudia Sérgio

Assombrações e Lendas Brasileiras (dedicado a todos os amigos brasileiros que visitam este blog)

29.09.11

 

A Perna Cabeluda 



Essa história da Perna Cabeluda foi criada, no início da década de 1970, por jornalistas do Diário de Pernambuco e do Diário da Noite, este último o vespertino (hoje extinto) do Jornal do Commercio.

Em resumo, é mais ou menos o seguinte: Certo dia, a polícia encontrou, boiando no Rio Capibaribe, no Recife, uma perna humana, provavelmente de um homem, visto que era bastante peluda. Os jornais noticiaram o achado macabro, em suas páginas policiais. 

Como à época os jornais viviam sob a censura política dos governos militares e muitas informações não podiam ser veiculadas, esse tipo de notícias tinha razoável destaque. E foi assim com a tal perna. Só que, nos dias seguintes, a polícia nada mais encontrou, nenhum corpo mutilado ao qual a perna pertenceria.

Tudo ficou apenas na dita perna. Para não perder o assunto, os jornais começaram a inventar versões para a perna. A princípio, eram versões normais, sobre essa ou aquela possível origem da perna cabeluda.

Depois, vieram as fantasias, entre as quais a versão de que a perna era mal-assombrada e corria atrás das pessoas pelas ruas do Recife. 

Pronto, a partir daí, todo dia os jornais publicavam estórias sobre a Perna Cabeluda. "Notícias" dando conta que uma perna cabeluda estaria assustando os moradores desse e daquele bairro; que uma perna cabeluda correu atrás de uma moça na Av. Conde da Boa Vista etc. e tal. 

Foram vários meses com esse tipo de "notícias" e muita gente do povo entrou na onda, pois os jornais traziam depoimentos de populares afirmando que viram a dita perna e tal.

Numa ocasião, a perna cabeluda aparecia numa gafieira, assustando as pessoas que se divertiam; noutro instante, a perna passeava pelo centro da cidade. 

Bem, depois que os jornalistas desistiram da "brincadeira", a história da misteriosa perna ficou na boca do povo.

E hoje existem até folhetos de cordel sobre o tema. Chico Science também já citou a perna cabeluda numa música e por aí vai. Cada versão aumenta ainda mais a fantasia em torno da estória. 



Galega da Cadisa



No final da década de 1960, surgiu em Caruaru uma bela e loura mulher que acabou levando pânico a todos aqueles que ousassem passar de carro, a partir de certas horas da noite, por um trecho de rua à época pouco movimentado, localizado nas proximidades do estádio do Central, na época o principal time de futebol da cidade. 

Na esquina desse pedaço de rua ficava o prédio de uma revendedora de automóveis denominada Caruaru Diesel S.A (Cadisa), em frente ao qual tudo acontecia.

Durante o dia, não havia nada de estranho, até crianças passavam por ali sem nenhum problema. O perigo era trafegar pela área depois das dez horas da noite. 

Veja como tudo acontecia: quando um carro apontava na esquina, uma bela mulher, loura de olhos azuis, surgia de repente, supostamente vinda do interior do prédio da Cadisa que, no entanto, permanecia com todas as portas fechadas.

Se a pessoa que dirigisse o carro fosse uma outra mulher, a Galega deixava passar. Se fosse um homem, ela pedia carona. 

Perto dali ficava a zona de prostituição de Caruaru e, talvez por isso, a Galega da Cadisa sempre conseguia caronas.

Ela pedia que a deixassem em sua residência, uma pequena casa no bairro do Salgado, e no caminho insinuava querer ter um caso amoroso com seus caroneiros. Mas, ao chegar, se despedia e, depressa, entrava em casa, dizendo que logo retomaria o contato.

Os mais encantados com a Galega (a maioria deles motoristas de táxis) acabavam não resistindo e, no dia seguinte, iam procurá-la, em casa.

Quem atendia, porém, era um senhor de idade, ferreiro de profissão, o verdadeiro morador da casa. Ele sabia, sim, que ali havia morado uma mulher loura e informava que ela morrera fazia vinte anos. 

As primeiras aparições da Galega da Cadisa não tiveram grande repercussão, até porque os casos eram comentados à boca pequena, apenas entre alguns motoristas que diziam já ter passado pela experiência, ou nas rodas-de-bar.

Mas, depois que um radialista passou a noticiar os "causos" no programa policial de uma emissora de rádio de grande audiência, a estória pipocou na cidade. 

Foram dois anos de muitos "causos" envolvendo a Galega da Cadisa e seus pobres pretendentes. Depois, quando a revendedora de automóveis encerrou suas atividades, nunca mais se ouviu falar da encantadora loura.

Ficaram apenas o mistério em torno daquelas aparições e a intrigante constatação de que a Galega só saía do prédio para pedir caronas enquanto ali funcionou uma revendedora de automóveis. 

Por que será que a Galega sumiu depois que o edifício passou a ter outro uso? Para essa pergunta, ninguém nunca teve resposta. 



Cabra Cabriola 



Conta a lenda que era um enorme monstro, de dentes agudíssimos, que soltava fogo pelas narinas e pela boca.

Em suas investidas noturnas, procurava entrar nas casas para devorar os meninos que encontrava. Existem vários contos populares cujo personagem central é a Cabra Cabriola.

O mais famoso em Pernambuco data de meados do século XIX e diz mais ou menos assim: Existia uma mulher, mãe de três crianças pequenas, que sempre saía à noite em busca de meios para sustentar seus filhos.

Ao sair, ela recomendava às crianças que tomassem cuidados com monstros, que não abrissem a porta para ninguém até ela voltar.

E, assim, os meninos costumavam fazer: só abriam a porta quando a mãe retornava e, com sua voz familiar, pedia aos filhos que a abrissem. 

Certa noite, a Cabra Cabriola chegou à casa dessa mulher, bateu à porta e, falando como se fosse a mãe das crianças, pediu que a deixassem entrar.

O disfarce, porém, não foi perfeito, visto que a Cabra Cabriola não modificou o timbre de sua voz grossa e horrível.

Os meninos perceberam que não se tratava da mãe deles e não abriram a porta. A Cabra Cabriola, então, foi embora prometendo, baixinho, voltar. 

Semanas depois, a Cabra Cabriola voltou à casa daquelas três pobres crianças. Mas, desta vez não bateu à porta, ela ficou escondida aguardando o retorno da mãe das crianças, com o seguinte objetivo: conhecer o timbre da voz da mulher e aprender todos os termos usados por ela para chamar os filhos.

Era a preparação para a grande e certeira investida que realmente aconteceria. No dia seguinte, a Cabra Cabriola foi à oficina de um ferreiro e mandou que ele batesse a língua dela na bigorna, para que o timbre de sua voz, antes grossa e horrível, ficasse bem parecido com o da voz da mulher.

À noite, a Cabra Cabriola esperou que a mãe das crianças saísse e completou o seu terrível plano: bateu à porta, imitando em tudo o chamado da mulher: "Filhinhos, filhinhos..." Crentes que era a mãe delas, as crianças abriram a porta e foram todas devoradas pela Cabra Cabriola. 




Chora Menino



A praça situada no final da Rua Manoel Borba, na Boa Vista, é um dos mais famosos lugares mal-assombrados do Recife. Antigamente, o local era denominado Mondego e tinha ali uma capelinha. 

Durante a revolta militar conhecida como Setembrizada, que eclodiu entre os dias 14 e 16 de setembro de 1831, cerca de 300 soldados se amotinaram ali e foram massacrados por tropas leais ao governo. 

A maioria desses soldados foi sepultada ali mesmo no local da carnificina e, a partir daquela data, quem passasse pelo local ouvia gemidos e choros que seriam dos filhos dos soldados lamentando a morte dos seus pais. 

A história desses choros e gemidos ganhou as ruas do Recife e, assim, a praça passou a ser chamada de Chora Menino, ao mesmo tempo em que ganhou fama de local mal-assombrado.



Fonte: Pernambuco de A-Z

Indícios de vida no passado de Marte

29.09.11
A pedra foi baptizada de Tisdale 2 e tem cerca de 30 cm de altura

 

O início da exploração no novo sítio de Marte, onde está o robô Opportunity, parece promissor, considerando-se a composição do solo e as rochas observadas, mais compatíveis com a existência de vida num passado remoto, afirmaram os cientistas da Nasa.

O Opportunity, que está em Marte há mais de 7 anos, chegou há três semanas à beira de uma cratera de 22 km baptizada Endeavour. 

A primeira rocha que examinou é lisa, e aparentemente foi escavada por um impacto que deixou uma cratera do tamanho de um campo de ténis.

As observações e medidas realizadas pelos robôs americanos enviados a Marte permitem pensar que as rochas na beira dessa cratera são de um período da história de Marte talvez mais favorável à existência de vida microbiana, segundo os cientistas.

 

in Arquivos do Insólito

publicado por sá morais às 22:03

Cristais gigantes

29.09.11

Cristais gigantes crescem largura de 1 fio de cabelo por século


Os cristais gigantes de selenita da caverna de Naica, no México, existem há cerca de 1 milhão de anos.

Apesar de chegarem a 11 m de comprimento, esses objetos crescem a uma velocidade equivalente à espessura de um fio de cabelo a cada 100 anos, de acordo com pesquisa do Conselho Superior de Investigações Científicas (Csic, na sigla em espanhol), um órgão da Espanha, e da Universidade de Sendai, no Japão. As informações são do site do jornalEl País.

A velocidade de crescimento é menor do que de estalactites, estalagmites e de que qualquer outro cristal conhecido.

O estudo é descrito na revista especializada americana Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Segundo os pesquisadores, até agora, era considerado impossível medir o crescimento dos cristais de Naica. O estudo foi possível a partir da criação de um microscópio pela universidade japonesa.

Os cientistas simularam as condições - como temperatura e umidade - existentes na caverna antes de uma mineradora drenar a água do local. Os pesquisadores afirmam que os cristais se formam apenas entre 58°C e 50°C.

De acordo com o estudo, os cristais de Naica pararam de crescer por causa da drenagem da caverna - a região é rica em prata, chumbo e zinco e mineradoras drenam a água para poder retirar os materiais em minas próximas. Mas, se a caverna voltar a ser inundada, eles voltarão a crescer.

 

in Arquivos do Insólito

publicado por sá morais às 22:03

O Regresso dos Deuses (Leg Português) Entrevista a Erick Von Daniken

29.09.11
As teorias de Von Daniken e a sua influência em O Regresso dos Deuses - Rebelião.

Reparem na coincidência do título do vídeo:)
publicado por sá morais às 18:47

Erich Von Daniken - Eram os Deuses Astronautas

29.09.11

 

O suíço Erich Von Däniken é o autor do best-seller Eram os Deuses Astronautas?, livro que ficou famoso nos anos 1970 ao descrever como hipótese a suposta vinda de seres extraterrestres como sendo os deuses que visitavam o planeta Terra no passado. Däniken passou a ser considerado um dos escritores mais reconhecidos mundialmente, chegando a lançar 28 livros, todos traduzidos para 32 línguas e vendido mais de 62 milhões de exemplares.

Seu interesse em desvendar enigmas históricos começou quando passou a ler escritos indianos antigos que falavam de seres vindos do céu em suas máquinas de fogo, em meio a tanta fumaça e ruídos. A partir daí, Däniken começou a se questionar: se nossos antecedentes mencionavam esses seres estelares que nos visitavam como não sendo deuses, o que seriam então? Ao longo dos anos, Däniken lançou seu primeiro best-seller, “Eram os deuses astronautas?", 1966, mas só depois desse sucesso foi que Däniken passou a estudar de forma autodidata e a coletar informações sobre os mistérios que intrigam a humanidade.

Atualmente Däniken coordena grupos de viagens para lugares, como Stonehenge, na Inglaterra, a região de Nazca, no Peru, as pirâmides do Egito, entre outros.

Muita da sua pesquisa influenciou a ficção científica contemporânea. Um dos exemplos é o filme Stargate e respectivas séries. O filme 10,000 BC/ "10000 Antes de Cristo", baseia-se nesta hipótese.

Divulgação de autores nacionais (2): Madalena Santos, Fábio Ventura e Rodrigo McSilva

29.09.11

 1001 Mundos apresenta Madalena Santos a autora da Saga "Terras de Corza".

 

Teaser Trailer do livro "Orbias-O Demónio Branco" de Fábio Ventura (Casa das Letras)

 

 

 

 Booktrailer dos 'Escritos dos Ancestrais' de Rodrigo McSilva

 

 

 


Divulgação de autores nacionais - Rafael Loureiro,Vítor Frazão e Carla Ribeiro

29.09.11

 Trilogia Nocturnus Trailer de Rafael Loureiro

 

Book trailer do livro "Crónicas Obscuras - A vingança do lobo" de Vitor Frazão.
Booktrailer do livro Senhores da Noite de Carla Ribeiro
  

Regresso dos Deuses no Nova Fantasia (Galiza)

14.09.11
Do site NOVA FANTASIA, da Galiza, chega-nos uma opinião sobre o mais recente livro de Pedro Ventura, “O Regresso dos Deuses – Rebelião”. Um autor português a levar o estandarte do fantástico português lá para fora e a voltar com louvores. Parabéns Pedro!

O Regresso dos Deuses – Rebelião

Calificación: Calificación Calificación Calificación

Pedro Ventura
Editorial: Presença (2011)

“Lembro que cando rematei de lér a segunda novela de Pedro Ventura (Goor II – A Crónica de Feaglar, aló polo 2007) puiden dicir sen temor ao ridículo que viña de rematar a millor novela de xénero fantástico da miña vida. Aquela novela era o cabo a unha história de coraxe, aventuras e humanidade que tan só facían desexar lér mais e mais (…)”

LEIA O RESTO AQUI!   

 

retirado do site: Correio do Fantástico

 

 

 

 

Regresso dos Deuses - Rebelião (-40%)

08.09.11

 

O Regresso dos Deuses está com 40% de desconto no Voz de Celénia! - apenas 11,34 euros (mais 1,10 de portes) em vez dos 18,90 de tabela.* Todos os exemplares são autografados pelo autor!

Caso esteja interessado, envie um email para noctis2006@sapo.pt

 

Não perca esta oportunidade!

 

 

 

 

*limitado ao stock existente/pagamento por transferência bancária

Entrevista de Pedro Ventura no Blog Morrighan

05.09.11
Feira do Livro de Lisboa 2011
Depois de uma primeira entrevista, antes da edição de o 'Regresso dos Deuses - Rebelião', aqui fica um pequeno apanhado dos últimos tempos na vida do autor:

Fala-nos sobre o teu regresso ao mundo literário, desta vez através de uma das maiores editoras em Portugal:

O meu regresso foi algo inesperado até para mim. Tinha o desejo de voltar a ter um livro meu editado mas, sinceramente, não fazia muito para que tal acontecesse. Não vivia (nem vivo) preocupado com o tal "mundo literário"... Aliás, nem sei muito bem o que isso é! Conheci pessoas interessantes, estabeleci novas amizades e tive alguns bons momentos que irei sempre recordar - esta é a minha melhor definição para essa vertente da minha vida, esse é o meu enriquecimento pessoal. Mentiria se dissesse que ter um um livro publicado não constitui um bom tónico para o ego... Mas fica por aí. É apenas uma parte do "meu mundo". 
Todavia, essa possibilidade acabou por surgir através da Presença. Como é óbvio, não hesitei e lancei o "Regresso dos Deuses - Rebelião". A Presença é uma grande editora e existem várias diferenças óbvias que consistem em, por exemplo, encontrar o meu livro à venda em praticamente todas as livrarias. Mas nem quero fazer este tipo de análise. O passado já lá vai e o que me interessa é o presente e o futuro - esses serão doravante os meus termos de comparação...


'O Regresso dos Deuses - Rebelião' é uma obra que tem personagens das tuas duas obras anteriores, os Goor. Quem não tiver lido os Goor vai ter dificuldades em integrar-se neste novo mundo?
Não. Apesar de perceber que alguns leitores - especialmente os que não leram os Goor - talvez gostassem de conhecer a fundo todas as referências que surgem neste livro, não se torna essencial para a sua compreensão. O enredo é autónomo e centrado na protagonista e numa conjuntura que é extraordinária. Perante a gravidade dos acontecimentos relatados não considerei essencial estar a colocar "notas de rodapé". As personagens interessam pelo papel que desempenham na acção. Julgo que seria penoso estar a explicar a origem de povos, a descrever a genealogia de personagens ou a desenvolver relações amorosas cuja longevidade poderá ser idêntica à de uma ephemeroptera... Mas percebo que haja quem saboreie esses pormenores. Eu próprio aprecio o pormenor mas tomei esta opção de forma consciente... No entanto, o livro pode ser explorado de outro modo. Existem inúmeras ideias que eu trouxe para a história e que os leitores podem escalpelizar. Não há muita coisa ao acaso... Por exemplo, a sociedade dhorian acaba por ser uma analogia e não um mero cenário impensado. E se coloco uma citação de um apócrifo no início do livro, faço-o com um objectivo claro. 


Por norma temos sempre heróis do sexo masculino em que um dos objectivos é proteger algures uma dama envolto num romance. Nesse aspecto tu trouxeste uma grande lufada de ar fresco com Caledra - a nossa heroína. Fala-nos um pouco sobre ela e porque optaste por uma protagonista deste género.
De facto, optei por uma protagonista feminina extremamente pragmática, poderosa e independente, aquilo a que vulgarmente se chama de "personagem forte". Ela não precisa que ninguém a proteja, tanto pode ser vil como bondosa, revela-se imperfeita como qualquer um de nós, rege-se uma "moral maleável" que se adapta às situações e aos seus objectivos e a verdade é que não tem condições para o (quase obrigatório) romance - sempre achei muito "hollywoodesca" a ideia ter de haver um namorico entre as personagens principais mesmo que estejam a poucos instantes do Apocalipse. Não me parece muito credível... Sou um acérrimo defensor de relacionamento fortes e genuínos (não sou um daqueles "ressequidos" que consideram obrigatório que tudo seja falso, trágico e disfuncional...) e não estou com isto a rebater a sua presença neste tipo de relatos (veja-se os Goor...) mas neste caso em concreto deixei de parte os relacionamentos amorosos. 
Julgo que Calédra é realmente uma lufada de ar fresco mas quem não estiver habituado pode até "constipar-se". Não é comum ver uma "heroína" que, a certa altura, até nos pode levar a não simpatizar com ela. Admito que não seja fácil gostar de alguém que abusa da sobranceria, que revela amiúde uma frieza cruel, uma teimosia exasperante e um espírito indomável - mesmo que também aqui resida algum do seu encanto. Ela é autêntica (ninguém é perfeito...) e não está naquela trama para agradar, está lá para tentar cumprir uma missão. Naquele contexto, uma personagem mais "fraca" não chegaria à pagina cinquenta... Ela é a pessoa certa no momento certo, mesmo que possa falhar nos seus intentos. Eu vejo as coisas assim: se estamos no deserto com o Afrika Korps pela frente, precisamos do Montgomery e não do Lenardo Di Caprio... Penso que Calédra acaba também por ser uma homenagem a todas as mulheres que não se reveem na fragilidade estereotipada que abunda na literatura, no cinema, etc. Porque não uma mulher como Calédra? Julgo que, no fim do livro, os leitores entenderão a sua personalidade e terão até uma forte empatia por ela.


O livro está inserido na Via Láctea que é caracterizada por ser uma colecção de fantasia. No entanto eu discordo um pouco dessa classificação em relação à tua obra. Como é que a classificas?

Sinceramente, não julgo que se trate de Fantasia, já que falta o fundamental elemento mágico e a habitual galeria de personagens associadas ao género. O mundo é imaginário e com um nível tecnológico comparável ao período medieval mas esses aspectos não definem o livro. Gosto de pensar no Regresso dos Deuses como um épico no qual coloquei indirectamente alguns temas que sempre me fascinaram: os mitos sumérios como os annunnaki e até alguns aspectos, mais ou menos nebulosos, da religião cristã. Mas também não saberia como o classificar... Será um romance épico com uma influência de imaginário "danikeniano"? Talvez... E essa influência não é assim tão invulgar como poderá parecer à primeira vista. A popular série Stargate, por exemplo, assenta muito do seu enredo nas hipóteses de Daniken. No fundo, trata-se de um cenário imaginário com uma boa dose de Fantástico e por essa razão julgo que encaixa perfeitamente na "Via Láctea".


Dando a minha opinião pessoal, gostava de ver os Goor reeditados numa edição de qualidade como foi este 'O Regresso dos Deuses'. Faz parte dos teus objectivos reeditá-los e fazê-los chegar mais facilmente às mãos dos teus leitores?
Ainda hoje, passados cinco anos desde o lançamento do Goor I, os livros continuam a ser motivo de grande interesse e procura - até no Brasil onde nem foram editados! Tenho algumas sugestões no sentido de os reeditar mas quero ponderar bem essa hipótese com a devida calma. Antes de mais terei de sondar o interesse da editora à que estou ligado e só depois pensar no futuro dos Goor. Tenho plena consciência de que eram livros mais "comerciais" do que o Regresso dos Deuses mas ainda não tenho qualquer certeza sobre o que irá acontecer. 


O que se segue? Algo mais parecido com os Goor ou com a esta tua obra mais recente?
Eu já tinha começado a escrever uma história na linha do Regresso dos Deuses mas parei a meio e ficou no "fundo da gaveta". Nem sei bem porquê... Foi uma daquelas decisões difíceis de explicar mas inquestionáveis. Recentemente iniciei algo diferente que também é uma continuação mas não tenho tido tempo nem a serenidade necessária para colocar no papel as ideias que tenho. Infelizmente, não posso fazer daqueles "retiros de inspiração" nas Maldivas ou coisa do género e o complicado quotidiano nem sempre me possibilita o prazer da escrita. Mas não tardará... Eheheh! 

GALAXINA (1980)

04.09.11

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publicado por sá morais às 22:13

Curtas por Andreia Torres: THE MIDWICH CUCKOOS

03.09.11

 

 

THE MIDWICH CUCKOOS – 1957 de John Wyndham. Este é o livro que viria a dar origem a dois filmes, um inglês de Wolf Rilla e o mais conhecido de John Carpenter( US ). Esta obra é imprescíndivel para qualquer apreciador de Ficção-Científica. Não conhecer ( pelo menos uma das versões cinematográficas ) é quase um crime! Be…m superior à história de Jack Finney, este livro apresenta-nos uma invasão “serena”, quase “plausível”, mas imensamente perturbadora por tocar no mais precioso bem da Humanidade – as crianças. Integrado no mosaico histórico e social da época, este conto de Wyndham nunca perde de vista o aspecto humano e é aí que reside a sua genialidade – um tratado sobre a natureza e o comportamento humano.                                                                    Por Andreia Torres

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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