Curtas por Andreia Torres: Avatar

30.03.11

 

 

Bem, em primeiro lugar não estamos a falar do The High Crusade ou Operation Chaos, trata-se de Avatar - desenganem-se os que já se puseram a pensar no filme pois estamos a falar de Poul Anderson. Aqui falamos de um tipo com cascos! As maiores críticas que tenho em relação a este livro prendem-se com a artificialidade dos diálogos (demasiado monocórdicos e formais), uma prosa (a poesia chega meter dó!) por vezes enfadonha, um erotismo que não sai de concepções de romantismo juvenil, ideais demasiado ingénuos para serem levados a sério (fora dos anos 60 e sem alguma mary jane) e personagens estereotipadas – Broderson é o perfeito rebelde, apenas traído por um coração “demasiado grande” (um alter-ego de Poul?) e Caitlin é tão perfeitinha (um ideal chauvinista?) que apetece espancá-la logo nas primeiras páginas. A contrabalançar estes aspectos negativos temos um fabuloso universo, complexo e apelativo, usando conceitos inovadores (na época) que seriam aproveitados até aos dias de hoje. O resultado final desta “pesagem” ainda hoje me deixa na dúvida. É certo que não é o melhor livro de PA, ficando-se nessa incerta mediania, mas sempre é melhor do que muita “coisa” que por aí anda. Fica como referência comparativa para futuras classificações.

 

 

 

 

  NOTA: 10 ( 0 – 20 )

 

Por: Andreia Torres      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O porquê de uma protagonista...

27.03.11

Sem ser necessário justificar uma escolha que entendo ser tão normal como a oposta - um protagonista - sinto necessidade de falar de Alien e da Bíblia... Para tal, começo com uma "analepse"...

 

Recordo-me de ter ido ao cinema ver o primeiro Alien, bem no início da década de 80, a uma daquelas majestosas salas, verdadeiros templos do cinema, entretanto extintas e substituídas pelas "pipoqueiras" e "coca-coleiras" salas de centro comercial. Tínhamos (sim, eu e os meus pais!) comprado os bilhetes com a habitual antecipação daqueles tempos menos apressados e eu aguardava junto dos cartazes do filme. Enquanto lutava com o relógio, as pessoas iam passando e comentando: "Opá, o herói deste filme parece uma gaija!" Não parecia! Era mesmo! Mesmo! A Tenente Ellen Ripley era uma pedrada no charco! Um charco monolítico que incluiria Rambos, Commandos, McClaines e até Gibsons Rickenbacker... Coisas que também gostava, não o posso negar sob pena de hipocrisia. Mas a Ripley estava num patamar diferente... Enfrentava, sem treino (nunca tinha sido marine, legionária, Seal, etc,etc...) , sem grandes armas (daquelas de munições ilimitadas que se viam a granel), sem ter corpo de armário ( felizmente! ), apenas a raça com os piores fígados de todo o universo! Ela era a protagonista do pretérito "mais-do-que-improvável" e isso era um trunfo! E cá ficou...

 

E depois a Bíblia... Na qual só tive interesse mais tardio e já à luz do que estava para trás... O Génesis, por exemplo, apresenta (apesar dos "retoques") um Adão aborrecidíssimo, planíssimo, mera marioneta num aborrecidíssimo Éden. Eva é o verdadeiro interesse do relato! Quebra as regras e ambiciona um poder maior. É ela quem abre a "Caixa de Pandora"... É ela o símbolo de uma ambição que não se contenta em ser parte de um rebanho dócil, fitando de baixo as divindades. E já nem falo de Lilith... 

 

Sendo assim, eis Calédra!

publicado por sá morais às 17:53

Alice - Resident Evil

09.03.11

publicado por sá morais às 22:20

Curtas por Andreia Torres – Altered Carbon

03.03.11

 

Altered Carbon de Richard K. Morgan. Tido por alguns como uma obra de culto no universo Ciberpunk ( ou talvez apenas por isso ). O enredo é interessante, tal como a ideia que lhe serve de tálamo. Porém, à luz de uma comparação com William Gibson, passa a ser a visão sobre esta obra a ficar “alterada”. Mas até nem precisamos de tanto (desculpa Léo Spitzer) para perceber como o livro é aborrecido – tanta “palha” poderia ter sido cortada por um editor avisado! O estilo é forçado, muito! Insistir em “marcas de estilo” só para agradar aos apreciadores do género geralmente dá nisto – um absurdo forçado, artificial e ridículo. Só um Anatole France vestido de “leather” aprovaria. As descrições das personagens são paupérrimas e as cenas de sexo parecem descritas por um rapazola de 13 anos. No fim, não é Spillane nem Gibson… Mas há quem goste…

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