Está escolhida a citação da "praxe" para o meu manuscrito:
"...não se parecia em nada com as outras crianças da Terra. Sua pele era extremamente branca, como também seus cabelos. Seus olhos apresentavam um brilho incomum. "
( Livro de Enoque 106:7)
Depois dos Goor, volume I e Goor, volume II, que continuam a ser procurados apesar de já não estarem no mercado, continuei a escrever. Optei por uma história menos pesada ( menor em dimensão e menos intrincada ) mas no mesmo universo dos Goor, apesar de não ser uma continuação directa do enredo, antes uma continuação "histórica", digamos assim. Sendo assim, não será necessária a leitura dos "desaparecidos" Goor para ler este manuscrito. O grande "motor" daquilo que escrevi foi sem dúvida uma das personagens dos Goor, com a qual tinha uma espécie de "dívida"... Apesar dos pontos de contacto, em certos aspectos afastei-me do modelo de Goor ( em especial do modelo de Demanda ) e libertei um pouco certos aspectos que tinha vontade de abordar. Julgo que o trailer deixa algumas pistas:
A Trilogia Nocturnos vai ter o seu terceiro número publicado em Maio. Ao mesmo tempo vai sair uma banda sonora, uma banda desenhada e um filme. Falar da Trilogia Nocturnos será impossível se não falarmos do seu autor – Rafael Loureiro. Rafael é incansável. Fez sair os primeiros livros da trilogia em edição de autor, esforçou-se para divulgar o seu trabalho, e finalmente viu o seu talento reconhecido pela principal editora de Fantástico em Portugal – Editorial Presença – que re-publicou os dois primeiros livros e irá lançar o terceiro livro em breve. Há, também, que dar um louvor, ou muitos, ao Rafael Loureiro, porque além de ser empenhado na divulgação do seu trabalho, dedicou-se à divulgação e exposição do trabalho de outros, como, por exemplo, Carla Ribeiro, recentemente publicada pela Fronteira do Caos, e eu próprio – Paulo Fonseca - através da Exposição intinerante Descobrir Novos Autores. Por isso, dizer que Rafael Loureiro merece todo o reconhecimento que está a ter, é pouco. Parabéns Rafael!
Por Paulo Fonseca ( CF )
Floating Dragon – Um dos melhores trabalhos de Peter Straub sem dúvida — em contraste com Mr. X. um exercício de algum narcisismo exagerado. Um livro ( muito ) inteligente de horror sobrenatural em “grande escala”. Aqui tudo parece tecido com cuidado milimétrico e essa teia agarra-nos desde o primeiro instante. O ritmo… é adequado e as personagens são intrincadas e inesquecíveis, não sendo apenas figurantes “carne para canhão” – como geralmente acontece nos livros de contornos “body count”. A ideia de ser um calhamaço desaparece para quem suportar bem o peso dos artifícios necessários ao suspense. Imagine-se que até as personagens femininas são credíveis e isentas dos estribilhos habituais! Além do mais, este livro é realmente bizarro e arrepiante – sendo nestes aspectos até superior a King. Mas não direi mais para não ser spoiler! Prepare-se para sentir arrepios…