Curtas por Andreia Torres - Stranger in a Strange Land

31.05.10

 

Tido para alguns como uma obra-prima da SF ( Heinlein discorda ), este é, de facto, um livro muito bem escrito que tenta estimular o pensamento critíco, o que só por si já é uma colossal virtude. No entanto, a limitação temporal da sua essência filosófica acaba por lhe tirar a "validade", caíndo no campo do utópico, do... impraticável e até mesmo do ridicúlo. Mas entende-se: a ideia era apelar à cultura pop dos anos 60. Hoje já não funciona e acaba por parecer ( certos momentos ) um romance de Aranda. E o que dizer de estereótipos como os presentes nas personagens femininas? Sexismo patético! Leia, mas há ( bem )melhor de Heinlein.

Deixando de lado as longas considerações sobre a "artfulness" ( que daria em interminável verborreia ) de todos os livros de Heinlein. A resposta populista e esperada podia ser "Glory Road" ou "The Moon is a Harsh Mistress". Não. Red Planet, por exemplo - apanhando os pontos de contacto ente ambas as obras. Exactamente por estar distante do realismo ( tão louvado ) que, pelas razões supracitadas, me parece tão pouco real ou actual. É mais simples e até juvenilesco? É! Mas quando se tratam disturbios morais e filosofias sociais ( por exemplo ) da forma com ele faz "à séria", melhor mesmo é ficar pelo "soft", mais virado para o entretenimento. Engole-se melhor. Afinal, quando não se sabe fazer "cozido", o melhor mesmo é ficar pelas "batatas fritas"!
Mas alterando a pergunta mesmo para "O que há melhor que heinlein, dentro desta temática?" Reponderei indirectamente a isso numa proxima publicação, ok?
 
por Andreia Torres
publicado por sá morais às 11:01

Divulgação - Blog da Bran Morrighan

31.05.10

Blog extremamente activo ( devido ao entusiamo da administradora - Sofia Teixeira ) vocacionado para a divulgação de autores nacionais e respectivas obras, contém ainda apreciações sobre os muitos livros lidos e diversas actividades paralelas relacionadas com a literatura. Ainda recente, este blog já se tornou uma referência no espaço virtual nacional.

 

 

 

( clique na imagem )

 

publicado por sá morais às 10:09

Nova colaboração no Voz!

28.05.10

Depois de longas e complicadas negociações (), o blog Voz de Celénia chegou a acordo com uma "expert" no campo da degustação literária, que causou grande impacto no Facebook. A partir de agora, as suas curtas mas incisivas e sapientes "reviews" também serão publicadas neste blog. O seu nome: Andreia Torres!

 

publicado por sá morais às 23:30

60000 HITS! Obrigado!

28.05.10

o Voz de Celénia ultrapassou os 60000 hits! Eu sei que não é muito para um blog com 6 anos... Mas se tivermos em conta que esteve 80% desse tempo parado, as coisas não parecem tão mal. Obrigado a todos que o visitaram, em especial nestes últimos meses.

 

 

publicado por sá morais às 23:22

Thanks!

28.05.10

 

My next book will have a young woman as main character. For that I needed someone real to be the physical inspiration for that character. I needed someone with great looks but also with an image that reveals personality/character - a very sublime and special kind of beauty. I found that inspiration in this young model - Klodi. I asked her permition and I find out that shes a very kind person! Thanks Klodi.

 

Talvez por temer ser processado nestes tempos de crise, decidi ser uma pessoa correcta e pedir permissão para usar imagens da jovem modelo que eu tinha usado para "dar a cara" pela protagonista do meu último manuscrito. E adivinhem... Ela aceitou essa "associação"!

 

 

publicado por sá morais às 22:56

Goor II - Crítica publicada no CPLF por Roberto Mendes como carta aberta ao autor.

21.05.10

 

Critica a Goor 2 de Roberto Mendes



É difícil fazer uma crítica a uma obra tão sublime, mas vou tentar não deixa no esquecimento nenhuma das partes que mais me impressionaram e as poucas, muito poucas, partes de que não gostei muito.
Desde logo considero goor 2 uma obra impregnada de originalidade pois colocas o destino da historia nas mãos dos homens e tornas a essência humana na “personagem” fulcral da mesma. Não recorres a nenhuma colagem a outros universos e isso é de louvar pois propuseste-te a criar um universo de raiz e, na minha opinião, acabaste por construir algo que se assemelha em grandeza a outras grandes obras como a terra média de Tolkien ou a Faerie da mitologia celta. Mas as marcas de originalidade não se esgotam com o facto de serem os homens a decidir o destino do mundo, também o facto de o artefacto sobre o qual a história se desenvolve e evolui não ser o principio e o fim da própria história me deixou muito satisfeito e surpreso; O universo de goor revela-se um mundo colossal e credível, com descrições perfeitas, soberbas, que nos fazem sonhar com cidades imponentes e com noites passadas num balcão do palácio levando banhos de estrelas. As cidades são definidas ao pormenor, com uma perícia de arquitecto, pois tenho a certeza que apenas pelas tuas descrições se podiam desenhar as várias cidades. A parte descritiva que mais me impressionou acabou por ser a descoberta de Fir Hur Abat, pela aura de magia e misticismo que se impregnava na cidade e pela gigantesca escala a que a cidade nos é descrita; A magia sente-se nas linhas em que descreves tão bela e lendária cidade!!! Tal como em Goor 1 a parte do romance é explorada com mestria, com os sentimentos a surgirem tão puros que quase os sentimos tocar-nos quando lemos as palavras. A tua “veia” de romancista tem tremenda qualidade e isso nota-se À medida que os sentimentos afloram nos corações das personagens levando a que exista uma dança de sentimentos puros entre os mais improváveis personagens juntando homens e mulheres de personalidades tanto fortes como distintas. Adoro o facto de ter acesso ao lado lunar de todos os personagens, incluindo Feaglar, pois normalmente o autor apenas explora o melhor lado de algumas personagens e o pior de outra, raramente são explorados os dois lados numa mesma personagem, penso que mais que tudo é isto que te define enquanto mestre da escrita. Apesar de preferir uma magia mais presente no enredo e nos destinos das histórias penso que o facto de a magia aparece tratada de forma sublime por ser simples e por não fazer parte do principal da acção (o que muda os destinos não são grandes feitiços, é o carácter de cada personagem) constitui uma lufada de ar fresco na literatura fantástica moderna. As jornadas em busca do draidex e as viagens de regresso com todas as circunstâncias e enredos secundários que assumem um papel tão preponderante na linha principal da história são maravilhosas, cheias de perigos, de batalhas intensas em que usas cenas fortes e cinematográficas de uma forma genial. A cada batalha que se aproxima é como se deixasse de ler e passa-se a ver as imagens que decidem o futuro dos Dhorians;
Penso que conseguiste criar um verdadeiro mundo onde apenas sinto falta de uma fauna e flora mais presente mas em que a morfologia, mitos, lendas, costumes e tradições se encontram definidas de forma perfeita, sem falhas! Admiro a forma simples com que contas a história, não és um escritor de artifícios como por vezes eu próprio faço, és, sem sombra de dúvidas, um cronista brilhante; Penso que enquanto escritor é esse o estilo que melhor te define: a crónica;
Juntamente com a cidade de fir hur abat o que mais me impressionou foram as personagens fenomenais como sarraden, galana, gar dena, a perfeita caledra, o próprio feaglar, odraglar, etc…. são personagens com personalidades completamente distintas, delineadas com precisão, alguns são homens como todos nós, outros são tudo aquilo que gostaríamos de ser; Podia descorrer sobre estas personagens durante vários dias a fio pois tornaram-se verdadeiramente nos meus companheiros de armas ao longo da trama, sorri e sofri com todos eles! Como personagens principais amei a personagem Caledra mas sempre desejei secretamente que fosse Galana a ocupar um lugar de destaque no futuro da historia e fiquei muito satisfeito quando por fim tal aconteceu. O facto de teres trocado o pólo forte dos homens para as mulheres é mais um toque da genialidade com que desenvolveste goor;
Depois de ler a tua obra percebo que o goor és tu, que vem de ti, das tuas interpretações sobre a vida e é por isso que esta história ganha uma dimensão diferente. Para mim goor 2 foi o melhor livro de literatura fantástica que li nos últimos três anos, logo a par de “jonhatan strange e o sr norrel” de susanna clark.
Em termos de literatura fantástica na sua vertente épica a tua obra surge nas minhas preferências logo após a obra de Tolkien. Considero Goor melhor que o mundo de Robert Jordan ou Marion Zimmer Bradley; E de entre os autores portugueses considero que te encontras num nível superior a todos os outros : para mim é fácil fazer a comparação pois já li quase tudo o que existe em português no âmbito da literatura fantástica;
Devo dizer-te que aprendi muito ao ler Goor; Tornaste-te numa referência para mim e numa inspiração também, pois sonho um dia atingir o nível de mestria que tu tanto dominas. É um prazer e um imenso orgulho poder corresponder-me contigo e trabalhar a teu lado no correio do fantástico, por isso te deixo um obrigado sincero e me despeço com votos de amizade; Tornaste-me num verdadeiro Dhorian!!!
Espero que gostes da critica.

Roberto Mendes (autor e editor de fantasia)


Data de inscrição: 01/09/2009

O Fantástico na Realidade - Académico alemão afirma que aliens sequestraram a Voyager 2

19.05.10

Aliens sequestraram uma nave espacial da Nasa e a estão a usar para tentar entrar em contacto com a terra, afirma um ufólogo alemão.

Hartwig Hausdorf, um académico alemão, acredita que a razão pela qual a Voyager 2, uma sonda não tripulada que está no espaço desde 1977, está enviando mensagens estranhas que estão confundindo os cientistas, é porque ela foi tomada por extraterrestres.

Desde seu lançamento, a Voyager 2 envia fluxos de dados de volta à Terra para estudo por cientistas, mas em 22 Abril de 2010 esse fluxo de informações de repente mudou.

A Nasa afirmou que a causa é um problema com o software do sistema de dados de voo, mas Hausdorf acredita que poderia ser o trabalho de extraterrestres.

Isto porque todas as outras partes da nave parecem estar funcionando muito bem. Ele disse ao jornal alemão Bild: "É quase como se alguém tivesse reprogramado ou sequestrado a sonda - por isso, talvez, nós ainda não saibamos de toda a verdade."

A Voyager 2 leva em sua parte externa um disco com saudações em 55 línguas, no caso da nave encontrar outras formas de vida.

O Dr. Edward Stone, cientista do projecto, disse que o chamado Disco de Ouro, é "uma espécie de cápsula do tempo, que se destina a comunicar a história do nosso mundo para os extraterrestres."



A mensagem da Voyager é transportada por um disco de registo fonográfico de cobre com 12 polegadas banhado a ouro, intitulado "Sounds of The Earth" contendo sons e imagens seleccionadas para retratar a diversidade da vida e da cultura na Terra. "


Tradução: Carlos de Castro ( Arquivos do Insólito )


Fonte: Telegraph
publicado por sá morais às 15:09

Crítíca a Goor - A Crónica de Feaglar por Andreia Torres

17.05.10

 

A primeira coisa que impressiona nestes dois livros é um claro sentimento de desengano, caso o comecemos a ler com a ideia de irmos mergulhar num mundo de magos, elfos, fadinhas e redundâncias do género. Esqueçam o estafado Sword and Sorcery. Aqui a história é outra, pois não se trata de um copycat de obras de referência (defeito de tantos outros autores). A Sorcery é (felizmente) substituída pela vontade dos Homens e a Sword surge em boas quantidades, em duelos individuais ou grandes batalhas, sempre sensacionistas e visuais, mas credíveis – provando que o aspecto bélico foi bem estudado. Essas habituais soluções sobrenaturais (que por vezes nada mais são do que facilitismos) não encontram aqui lugar. O inverosímil surge alicerçado em ténues sugestões que me recordaram algumas obras de Ficção Científica de autores como David Brin ou mesmo escritos de J.S. Hunsaker. Uma sublime influência de von Däniken e de Robert K. G. Temple? Talvez. Uma coisa é certa: não se trata de Fantasia.
Goor brota de uma intensa originalidade e grandeza (universo extremamente complexo e bem descrito), apesar de manter uma estrutura de Demanda Arturiana por um objecto – neste caso o Draidex. Não havia necessidade de tal, mas talvez essa existência brote um inconsciente desejo de ter uma trave-mestra em torno da qual o emaranho é construído. Mas essa Demanda eclipsa-se e torna-se secundária à medida que o intrincado enredo se desenvolve e fica subordinada ao aspecto humano das personagens. Temos aqui o grande trunfo da obra: personagens verosímeis com as quais nos podemos identificar, personagens com quem podemos reflectir, sonhar, chorar ou rir. Desenganem-se portanto os adeptos dos heróis virtuosos em cavalos brancos (cujo lugar é no nicho do infanto-juvenil), aqui irão encontrar pessoas (reais) com defeitos e virtudes, como qualquer um de nós. As suas dúvidas existenciais não são esquecidas e revelam-se, basicamente, aquelas que sempre nos inquietaram. Esse realismo existencial é tão marcante que o leitor chega mesmo (sem qualquer dificuldade) a estabelecer paralelismos com determinados episódios da sua própria vida. O romance (propriamente dito) surge bem doseado, apesar de, por vezes, chegarmos a abominá-lo por “empastelar” em demasia a acção. De realçar ainda o facto de duas das três personagens mais interessantes e complexas serem femininas. Neste livro as mulheres não são vistas como meras figurantes acéfalas e frágeis (os habituais “acessórios de beleza e erotismo” que necessitam do “protector braço masculino”) e movem-se entre os papéis de antagonistas, coadjuvantes ou mesmo de protagonistas, tal é a sua importância. Destas destaco Calédra, o condimento essencial, sem a qual a história poderia tornar-se fastidiosa. Esta Red Sonja (mais refinada, mas igualmente poderosa - talvez até mais) de Pedro Ventura, inverte em vários aspectos os estereótipos sexistas e teria certamente lugar de destaque num painel de Susan Wood.
A prosa de Pedro Ventura é directa e apoia-se mais na sensação, no entretenimento, apesar de não descurar, aqui e ali, alguma “doutrinação”. A linguagem é fluida e, quando não o é, torna-se um pouco artificial, pesada, talvez por suposta “exigência”do Género Épico, da qual discordo. Algumas gralhas (que não são suficientes para perturbar a leitura) revelam um mau trabalho editorial de revisão. Também há alguns “vícios de escrita” que me parecem contaminação do anglo-saxónico e que deviam ter sido corrigidos. Certas personagens secundárias mereciam mais atenção para não aparentarem tanta uniformidade e não serem tão monocórdicas.
Em resumo: dentro do seu género, esta é uma obra indispensável, sem paralelo, quando comparada com os outros autores portugueses (até porque é difícil encontrar termo de comparação entre escritores maioritariamente “copistas” de modelos importados), e que me faz pensar que perdi tempo ao tempo ao ler Marion Zimmer Bradley, claramente inferior. Torna
-se óbvio que Pedro Ventura devia ter traduzido os dois Goor e optado por publicar no estrangeiro, antes mesmo de ter sequer pensado em fazê-lo em Portugal, mercado demasiado pequeno e muito dado a “monoideísmos”

 

Por Andreia Torres   

   

Goor - A Crónica de Feaglar 2

14.05.10

 

"Regresso a Goor, mundo fantástico capaz de fazer corar o Senhor dos Anéis!"
in Correio da Manhã

Efemérides: 10 de Maio de 1933

13.05.10

 

“Aqueles que queimam livros, acabarão por queimar pessoas”. As palavras do poeta judeu alemão Heinrich Heine, escritas no início do século XIX, revelar-se-iam proféticas. Heine foi um dos muitos escritores cujos livros foram queimados a 10 de Maio de 1933 na praça pública, em várias cidades alemãs, num dos primeiros sinais da intolerância nazi.

As queimas de livros têm uma história longa - merecem uma entrada na Wikipédia com 80 exemplos. A queima apoiada pelos nazis (a chamada Bücherverbrennung) tinha um antecedente no século XIX. Em 1817, associações de estudantes decidiram queimar livros que viam como “não-alemães”.

A ideia repetiu-se em 1933, com o apoio do ministro da Propaganda, Joseph Goebbels, que tinha na Associação de Estudantes Nacional Socialistas um importante aliado.

 

A 6 de Abril de 1933, a associação proclamou uma acção nacional contra “o espírito não-alemão”. Fizeram-se listas de escritores tidos como contrários à ideologia nazi, procurou-se fazer das universidades centros nacionalistas.

A campanha teve como auge a Bücherverbrennung: 25 mil livros queimados em 34 cidades universitárias, em rituais em que compareceram oficiais nazi, reitores, professores e estudantes.

A lista de obras queimadas podia continuar: Bertolt Brecht e Karl Marx foram alvos óbvios, mas também escritores como Ernest Hemingway, Jack London e Helen Keller, “influências estrangeiras corruptoras”, e até Albert Einstein, alemão de origem judia, Nobel da Física em 1921.

Este episódio não foi inédito mas, tal como os que o antecederam, tende a cair no esquecimento.  Ao longo da História houve sempre quem procurasse impor paradigmas, dogmas, baseados numa qualquer forma de superioridade sobre os que pensavam de forma diferente.  A lição a tirar? Muito cuidado com os fundamentalismos…

“timeo hominem unius libri”

publicado por sá morais às 23:13

Calédra

12.05.10

 

Nova imagem de Calédra. Beleza e personalidade sem os habituais estereótipos das heroínas do Género. 

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publicado por sá morais às 23:48

Halley-O Cometa da República, da autoria de Joaquim Fernandes

11.05.10

 

 

Não é mais um livro; é o livro que esperou um século para ser escrito.

Investigação singular para um acontecimento singular, reveladora da nossa vulnerabilidade

face ao espaço cósmico, esta obra mostra às presentes gerações de que modo os nossos medos

ancestrais determinam os nossos comportamentos extremos quando está em causa a sobrevivência.

Em 1910 com no futuro.    

 

Aapresentação do livro Halley-O Cometa da República, da autoria de Joaquim Fernandes,

que se realiza no dia 18 de Maio, às 18.30 horas, na Livraria Bertrand, na Rua Garrett, 73-75, (no Chiado).

O livro será apresentado por Joaquim Vieira, director do Observatório de Imprensa,

e Rui Agostinho, director do Observatório Astronómico de Lisboa.

 

 

Da contra-capa da obra:

 

O pânico da passagem do

cometa de Halley em Portugal

 

Celebrando-se em 2010 o Centenário da instauração da República em Portugal, decorre também um século sobre o maior evento de medo colectivo vivido pela população portuguesa no decurso da sua História.

São expostos os nexos e fortuitas relações - acasos e coincidências  inscritos na história da Astronomia - entre ambos os acontecimentos ocorridos nesse mesmo  ano: cerca de cinco meses depois da sua passagem próxima da Terra, em Maio, o cometa de Halley viria a ser lembrado como uma espécie de mensageiro, anunciador da primeira mudança de regime político em Portugal desde a fundação da nacionalidade.

Por tal motivo, o mais popular cometa da História humana pode ser etiquetado pelo inconsciente colectivo nacional como "o cometa da República".

Muitos dos temas que emergiram na sociedade portuguesa, a pretexto da aproximação do tão temido cometa, foram usados como arma ideológica pelos republicanos contra os suportes sociais, mentais e religiosos da Monarquia.

As fragilidades mentais do Portugal profundo, inseguro e supersticioso, vieram ao de cima, em todo o seu esplendor trágico e cómico. Como nos grandes dramas clássicos ou da antecipação científica, a sociedade portuguesa viveu, de facto, o transe de uma noite de "fim do mundo" !

 

publicado por sá morais às 23:35

Asteroide revestido de gelo pode ajudar a entender origem dos oceanos e da vida

05.05.10

  

Descoberta de astro coberto de água entre Marte e Júpiter surpreende cientistas.

O asteróide 24 Themis, localizado a mais de 300 milhões de quilómetros da Terra, está coberto de gelo, informam cientistas em dois artigos na edição desta semana da revista Nature.

A descoberta é inesperada - qualquer água depositada sobre o asteróide deveria, em princípio, vaporizar-se em pouco tempo - mas dá sustentação à ideia de que os oceanos da Terra vieram do espaço.

Um dos autores do principal artigo a descrever a descoberta, Humberto Campins, da Universidade da Florida Central, especula ainda que esses astros poderão se tornar importantes para o estudo da origem da vida.

"Asteroides e cometas podem ter trazido para a Terra os blocos constituintes para a vida formar-se e evoluir em nosso planeta", disse ele.

"Embora as condições nos asteróides não sejam favoráveis para a vida, o estudo de asteróides primitivos como 'fertlizadores' pode se tornar uma área de interesse". Além de água, 24 Themis também carrega matéria orgânica.

A descoberta da água foi feita com base na análise da luz solar reflectida por 24 Themis, um dos maiores asteróides do chamado cinturão principal, que fica entre Marte e Júpiter.

Diferentes substâncias absorvem e reflectem diferentes frequências de radiação, e a análise dos padrões de absorção, chamados espectros, permite identificar a composição de objectos distantes.

publicado por sá morais às 22:02

Hawking diz acreditar em possibilidade de viagem para o futuro

02.05.10

 

Poster do filme " A Máquina do Tempo" de 1960


O cientista britânico Stephen Hawking antevê a possibilidade de que o ser humano terá a capacidade de construir uma nave espacial tão veloz que permitirá viajar no tempo e avançar várias gerações no futuro.

O professor expõe esta teoria no documentário "O Universo de Stephen Hawking", que será transmitido neste domingo pelo canal "Discovery Channel", informa hoje o jornal "The Sunday Telegraph".

Segundo Hawking, viajar para o futuro seria possível com base nas teorias da relatividade de Albert Einstein, segundo as quais o ritmo do tempo dos objecto se desacelera à medida que eles próprios são acelerados no espaço.

Para automóveis e aviões, este efeito é imperceptível, mas a nave espacial idealizada por Hawking estaria totalmente exposta ao fenómeno devido a sua grande velocidade.

De acordo com o antecipado pelo jornal, Hawking explica no programa que essa nave poderia chegar, em teoria, a uma velocidade de um bilhão de quilómetros por hora. Por isso, deveria ser construída em uma escala gigantesca simplesmente para poder transportar todo o combustível necessário.

"(A nave) levaria seis anos em potência máxima para alcançar essa velocidade. Depois dos dois primeiros anos, alcançaria a metade da velocidade da luz e estaria bastante longe do sistema solar. Após outros dois anos, chegaria a 90% da velocidade da luz", afirma Hawking na série.

Dois anos após funcionar em potência máxima, a nave alcançaria sua velocidade mais alta, 98% da velocidade da luz, "e cada dia na nave seria um ano na Terra", sustenta o cientista.

"A essas velocidades, uma viagem ao final da galáxia levaria 80 anos para quem estivesse a bordo", acrescenta, segundo o jornal.

No entanto, o cientista, que reconhece ter perdido sua anterior "cautela" no momento de comentar temas considerados ''heresias'' na comunidade científica, disse não acreditar na possibilidade de viajar ao passado, nem por meio de "buracos" ou "atalhos" entre diferentes partes do universo.

A teoria indica que estes buracos ou atalhos existem, mas apenas em escala quântica - são menores que um átomo. Por isso, o desafio inicialmente seria aumentá-los para escala humana.

Hawking despreza a teoria de viajar ao passado porque criaria um paradoxo científico.

"Este tipo de máquina do tempo violaria a lei fundamental de que a causa deve existir antes do efeito. Eu acho que as coisas não podem tornar-se impossíveis para si mesmas. Por isso, não será possível viajar ao passado", argumenta o cientista.

 

In ARQUIVOS DO INSÓLITO

publicado por sá morais às 01:05

Feira do Livro de Lisboa 2010

01.05.10

publicado por sá morais às 00:52

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