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Excerto: "Diziam que não vivia senão do ódio que lhe pulsava nas veias, intenso como o vermelho do sangue que lhe percorria o corpo. Muitos dos que se atravessavam no seu caminho desviavam-se apressadamente, como se do próprio anticristo se tratasse, como se encontrar as trevas impenetráveis que habitavam o seu olhar fosse, por si só, uma temível maldição.
Tinha, por isso, a rua completamente por si, de cada vez que se via forçado a afastar-se da sua casa para satisfazer uma qualquer necessidade. Era assustador ver como as portas se fechavam e as cortinas eram corridas ao mais pequeno sinal da sua passagem, como se se tratasse um monstro que percorria as ruas em busca da sua vítima.
Diziam que todos os demónios do Inferno se curvavam perante a sua presença, que, do interior da antiga e semi-arruinada mansão que habitava, brotavam, durante a noite, gritos capazes de fazer gelar o coração mais insensível, rasgando o monótono entoar de cânticos que invadiam os céus com os seus medonhos rituais.
Mas quem era ele, afinal? O estranho vulto vestido de negro, com um aspecto quase clerical, mas com um rosto demasiado rígido para ser benigno… De onde viera? Tudo o que sabiam a seu respeito era que chegara à velha mansão pouco mais de um mês antes e que a reclamara como posse sua. O restante resultava dos rumores espalhados pela população.
Quantos saberiam, contudo, que sombras o perseguiam, de onde vinham os verdadeiros demónios que o atormentavam? Viam-no, desconhecido, exilado no silêncio fechado que escolhera para habitar e, por isso, julgavam-no malévolo. Viam nas suas vestes negras a marca do derradeiro mal, ao invés do luto cerrado com que escolhera marcar a sua vida. Que sabiam eles de si, afinal? Não sabiam nada!A verdade, contudo, aquela distante verdade que o povo daquela aldeia recôndita se recusava sequer a imaginar, é que era de si próprio que aquele homem fugia, do passado que o marcara com o estigma da impureza, ainda que nada tivesse feito para o merecer, e que o perseguira até ali, de regresso ao local onde tudo começara."
Continua sobre a mesa a ideia de se realisar um encontro que reuna os "carteiros" aqui do Correio, bem como outros amigos e amigas. Eu já sugeri uma localização - TOMAR. Acho que terá muito a ver connosco e com as nossas temáticas no geral. Além do mais há o aspecto prático - a localização é central.
O encontro seria informal e serviria para ( finalmente ) nos conhecermos. Mesmo que sejamos poucos, o mais importante seria o convívio e a troca de ideias.
ADIADO PARA DATA A ANÚNCIAR
(imagem da capa com marca de água provisória)
Por agora podem fazer Download de uma das melhores edições de sempre da revista Bang! aqui, revista que deixará agora de batalhar sozinha pelo Fantástico nas artes…
"You've got so many dreams
That you don't know where to put 'em
So you'd better turn a few of 'em loose
Your body's got a feeling that it's starting to rust
You'd better rev it up and put it to use"
Quem me conhece sabe que sou apreciador Sci-Fi dos anos 50/60. Aqui vai um filme desse género.
"Sempre que uma figura mediática é convidada a "escrever" um livro, vulgariza-se a essência da leitura, afronta-se o esforço dos escritores e espelha-se um oco mercantilismo. "
in Arquivos do Insólito
Não são apenas os cerca de 30% de visitas vindas do Brasil que me levam e escrever este agradecido post. A verdade é que, apesar de ainda não ter publicado o Goor - A Crónica de Feaglar no Brasil, nunca deixei de ter um excelente feedback vindo do outro lado do oceano. O amigo Bill foi dos primeiros leitores e dos mais marcantes. E essa ligação de Goor ao Brasil manteve-se forte. Hoje em dia tenho uma simpática e talentosa leitora ( em breve colega, espero! ) à espera do Goor II e descobri um rapaz que colocou os Goor como seus livros favoritos e que entendeu a essência da obra.
Por tudo isto e muito mais, obrigado Brasil!